Brasil, 13 de junho de 2025
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Augusto Heleno reafirma apoio ao voto impresso em interrogatório no STF

O ex-ministro Augusto Heleno declara sua defesa do voto impresso durante o interrogatório sobre suposta trama golpista.

No último dia 10 de junho, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, foi interrogado no Supremo Tribunal Federal (STF), onde reafirmou sua posição favorável ao voto impresso, destacando que a desconfiança em relação às urnas eletrônicas é uma questão de âmbito mundial.

Contexto do interrogatório

O general destoa entre os réus na ação penal em que se investiga uma suposta tentativa de golpe, e durante a audiência, ele se manifestou sobre sua longa defesa do voto impresso. Mesmo reconhecendo seu desejo de ver essa proposta se tornarem realidade, Heleno admitiu que não teve a força necessária para implementá-la. Durante o interrogatório, Heleno optou por não responder a perguntas do ministro Alexandre de Moraes, limitando-se a responder aquelas feitas apenas por sua defesa.

Defensoria falha e momento crucial

“Eu acho que isso é um processo contínuo de aperfeiçoamento das urnas e acredito que a urna eletrônica pode ser sempre melhorada”, afirmou, fazendo referência a suas experiências passadas no Haiti, antes de ser interrompido pelo seu advogado, Matheus Milanez. Este último, conhecido por seu pedido inusitado ao ministro para adiar o interrogatório, questionou Heleno sobre sua aceitação do resultado das eleições que levaram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência.

Posições firmes e desconfianças

Em resposta, Heleno declarou que não tinha outra alternativa a não ser aceitar o resultado. Em um momento tenso, seu advogado também questionou se o general havia tentado, de alguma forma, manter Jair Bolsonaro (PL) no poder. Heleno foi enfático, afirmando que “não tinha nem tempo” para tal e que sua função estava sempre voltada para a segurança institucional, sem imiscuir-se em questões políticas.

O papel do GSI

Heleno enfatizou que durante sua gestão, o GSI deveria se manter como uma entidade “apolítica e apartidária”. Para o ex-ministro, era fundamental que a organização fosse vista como uma estrutura que não se envolvia em debates políticos e agendas partidárias. Ele também denied ter conhecimento sobre o plano conhecido como “Punhal Verde e Amarelo”, que está sendo investigado no âmbito da ação penal.

Suspensão do julgamento

O interrogatório, que iniciou por volta das 11h30, foi marcado por um pedido de silêncio por parte de Heleno, que preferiu não responder às indagações de Alexandre de Moraes. Após algumas contribuições de Heleno, o julgamento foi suspenso por Moraes às 12h30, com previsão de retorno às 14h30 para continuar a audiência.

O depoimento de Augusto Heleno no STF ilustra a polarização política e a insatisfação em relação ao sistema eletrônico de votação, que ainda questiona aspectos fundamentais da democracia no Brasil. O general deixa claro que a discussão sobre o voto impresso, por mais que tenha sua relevância, gera controvérsias e desconfianças que vão além das fronteiras brasileiras.

À medida que o caso avança, as declarações de figuras proeminentes como Augusto Heleno continuarão a influenciar a narrativa sobre a segurança das eleições e o futuro dos processos eleitorais no Brasil. A sociedade aguarda ansiosa por desdobramentos e pela confirmação de que cada voto contará de forma justa e transparente.

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