A brutalidade do crime que vitimou a jovem Raissa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, em Curitiba, ainda repercute entre familiares e amigos. A jovem, natural da Bahia, tinha sonhos de se tornar modelo e cantora, mas sua vida foi interrompida de maneira trágica pelo humorista Marcelo Alves, que confessou ter cometido o crime. Este caso, que já atraiu a atenção da mídia nacional, revela não apenas a crueldade do ato, mas também suscita reflexões sobre violência e relações de poder.
A confissão e o contexto do crime
Raissa foi dada como desaparecida em 2 de junho, e seu corpo foi encontrado uma semana depois, em uma área de mata na Região Metropolitana de Curitiba. Marcelo Alves procurou uma delegacia, onde confessou ter matado a jovem e revelado onde havia escondido seu corpo. A declaração chocou a todos que conheciam Raissa, especialmente sua família, que se via na luta para encontrá-la.
Maria Silvania Ferreira da Silva, tia de Raissa, compartilhou com a RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, que a jovem sempre teve um grande amor pela música e sonhava em se apresentar para o mundo. “Era o sonho dela ser cantora ou ser modelo, mas infelizmente foi interrompido, né?”, lamentou.
Sobre a vítima
Raissa, que conquistou o título de Miss Serra Branca Teen em 2020, vivia em Curitiba há três anos. A irmã de Raissa, Natália Raiane Ferreira da Silva, revelou que antes de saber do falecimento, estava tão esperançosa que chegou a imprimir panfletos para ajudar na busca pela irmã. “Já tinha imprimido vários panfletos pra colar no aeroporto, em vários lugares e tentar achar ela. Mas achei ela de uma forma bem cruel”, desabafou.
O relacionamento com o suspeito
Marcelo Alves, conhecido também como Alves Li Pernambucano, tinha uma relação próxima com Raissa e sua família. Conheceu a jovem quando ela tinha apenas 10 anos, em um projeto social na cidade de Paulo Afonso, na Bahia, e a ajudou a se mudar para Curitiba. Durante as buscas, ele se ofereceu para ajudar os familiares, demonstrando comportamento suspeito ao manter contato constante ao longo do desaparecimento. Para muitos, Marcelo não era apenas um amigo, mas uma figura quase paternal na vida da jovem.
Detalhes da confissão
Conforme detalhado pela delegada Aline Manzotti, o crime ocorreu no dia 2 de junho, quando Marcelo buscou Raissa com a falsa promessa de ajudá-la a conseguir um emprego. Os dois almoçaram juntos antes de irem para a casa dele. Foi neste momento que Marcelo confessou ter se declarado para Raissa, que reagiu negativamente, levando-o a estrangulá-la com uma abraçadeira plástica. Segundo o relato do suspeito, ele se sentiu tomado por um “ódio” descontrolado durante a discussão.
Após cometer o crime, Marcelo escondeu o corpo de Raissa enrolado em uma lona, e com a ajuda do filho, levou o corpo para uma área remota em Araucária, onde foi enterrado. A confissão de Marcelo levou as autoridades a encontrarem o corpo da jovem, e ele foi preso em flagrante por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Investigações e desdobramentos legais
As investigações continuam, com a polícia apurando detalhes da morte de Raissa, incluindo a possibilidade de violência sexual e a real participação do filho de Marcelo no crime. O advogado de Marcelo, Caio Percival, argumenta que o crime foi cometido em um momento de “violenta emoção”, pedindo assim uma diminuição da pena. Martins afirma que o suspeito nunca havia tido problemas com a justiça antes.
O caso da morte de Raissa Suellen Ferreira da Silva provoca uma reflexão profunda sobre a violência contra a mulher e as complexidades das relações interpessoais, especialmente entre homens e mulheres. Familiares e a sociedade clamam por justiça para que a jovem, que tinha tantos sonhos e aspirações, não seja lembrada apenas como uma vítima, mas sim como uma jovem cheia de vida e potencial interrompido.
A dor da perda de Raissa Suellen Ferreira da Silva ecoa em muitos lares e comunidades em todo o Brasil, deixando um lamento por sonhos perdidos e uma chamada à ação para a luta contra a violência de gênero.
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