Nesta terça-feira (10), o Papa Leão XIV recebeu em audiência no Vaticano 98 núncios apostólicos e 5 observadores permanentes. Em um discurso repleto de reflexões profundas e conjurações para a atuação dos representantes pontifícios, o Pontífice enfatizou a importância do amor e da comunicação efetiva no serviço à Igreja. O evento ocorreu na Sala Clementina e fez parte das celebrações do Jubileu da Santa Sé, reforçando o compromisso da Igreja com a missão de Pedro.
O papel dos representantes pontifícios na Igreja
Leão XIV abriu seu discurso expressando gratidão aos representantes pontifícios, que desempenham um papel crucial na comunicação entre o Vaticano e as Igrejas locais. “Essa gratidão se amplifica quando percebo que, muitas vezes, o vosso trabalho me precede”, disse o Papa ao reconhecer o esforço de cada núncio em preparar documentação e reflexões que facilitam sua atuação. Essa interação entre as várias instâncias do ministério é fundamental para a atuação da Igreja em diferentes países.
Ministério de Pedro: construindo relacionamentos
Inspirando-se nos relatos dos Atos dos Apóstolos, o Papa compartilhou a passagem em que Pedro cura um aleijado. Ele explicou que o ministério de Pedro é essencialmente sobre a criação de relacionamentos e a construção de pontes. “Seres capazes de construir relacionamentos onde for mais difícil”, exortou Leão XIV, destacando que um representante do Papa deve sempre buscar estabelecer conexões humanas significativas. “Olhar nos olhos”, segundo o Papa, é um convite a uma relação de respeito e dignidade.
O amor como dignidade e justiça
O Santo Padre demonstrou preocupação com os desafios enfrentados em várias partes do mundo, onde a paz e a dignidade humana são frequentemente ameaçadas. Ele reforçou que, “dar Cristo significa dar amor”, uma mensagem clara para que os representantes estejam sempre prontos a defender os mais vulneráveis e pobres. “Só o amor é digno de fé”, acentuou, invocando a necessidade de abrandar a dor dos inocentes e aliviar o sofrimento dos que padecem sob guerras e injustiças.
A missão do amor e da esperança
Antes de concluir sua mensagem, Leão XIV instou os núncios a agir como “testemunhas corajosas de Cristo”. O Papa afirmou que o ministério deve ser um canal de bênção, incentivando os representantes a enxergar o bem, mesmo quando este se apresenta de forma sutil ou escondida. Ele exortou cada um a se ver como missionário, enviado não apenas para consolidar a presença da Igreja, mas para promover a dignidade humana em colaboração com as autoridades locais.
O Papa também enfatizou a necessidade de renovação no papel de Pedro como um confirmador da fé. “Vós sois os primeiros a precisar desta confirmação”, disse, ressaltando que a força e a esperança encontradas em Cristo devem ser levadas ao mundo, especialmente em tempos de crise.
Conclusão: Um chamado à ação
Com uma mensagem que abrange tanto a dimensão espiritual quanto o compromisso social, o discurso de Leão XIV marca um convite ao serviço verdadeiro, baseado no amor e na solidariedade. “A Porta Santa, pela qual todos passamos juntos, nos estimule a ser testemunhas corajosas de Cristo”, concluiu. As palavras do Papa ressoam em um mundo que continua a clamar por paz, harmonia e amor. O ministério é, de fato, um chamado a todos, especialmente aqueles que representam a Igreja no esforço diário de construir um mundo mais justo e fraterno.
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