Brasil, 9 de junho de 2025
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Mauro Cid revela detalhes sobre planificação golpista de Bolsonaro

Tenente-coronel conta ao STF que ex-presidente modificou minuta golpista e que ex-comandante da Marinha deixava tropas à disposição.

Em uma revelação que pode transformar o panorama político brasileiro, o tenente-coronel Mauro Cid, que recentemente firmou um acordo de delação premiada, depôs no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, afirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria diretamente implicado em um plano golpista. Cid declarou que Bolsonaro recebeu e fez alterações em um documento que servia como minuta para um golpe, elaborado por assessores.

O que revelou Mauro Cid ao STF

Durante sua audiência, Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro “enxugou” o documento, eliminando referências a outras autoridades que poderiam ser responsabilizadas ou presas, deixando apenas o nome do ministro Alexandre de Moraes. Além disso, o tenente-coronel acrescentou que o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, teria colocado as tropas à disposição para a execução do plano.

Em sua declaração, Cid afirmou: “Eu presenciei grande parte dos fatos, mas não participei deles”. Essa frase ressalta uma tensão no depoimento, onde ele condena a ação golpista, mas ao mesmo tempo tenta se distanciar da responsabilidade pelas ações específicas que estão sendo analisadas pelo STF.

Implicações e consequências da delação premiada

O depoimento ocorre em um cenário de crescente segurança no STF, que está se preparando para lidar com o interrogatório de outros réus envolvidos na mesma trama. Cid listou grupos que supostamente incentivavam Bolsonaro a seguir em frente com a ofensiva, citando figuras de destaque como Almir Garnier – classificado como pertencente à ala radical – e outros ex-ministros que seriam vistos como moderados na questão.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, iniciou a audiência questionando Cid sobre sua delação premiada, que gerou controvérsia entre as defesas dos réus, que alegaram que Cid poderia ter omitido informações essenciais. No entanto, o tenente-coronel negou que tivesse sofrido qualquer forma de pressão ou coação durante seu depoimento.

Cenário dos interrogatórios no STF

Os interrogatórios dos oito réus do primeiro núcleo da trama golpista começaram nesta segunda-feira e devem se estender por toda a semana. Os réus presentes incluem não apenas Mauro Cid, mas também Jair Bolsonaro, antigo presidente do Brasil, e outros ex-ministros do governo. A estrutura da audiência garante que todos os réus escutem o que o delator tem a dizer antes de serem questionados.

Os depoimentos são organizados de forma a permitir que o primeiro a ser interrogado seja sempre o delator. O que acontece a seguir é uma sequencia alfabética, a fim de manter a organização e a clareza durante o processo. Todos os réus têm o direito de permanecer em silêncio, o que não poderá ser usado contra eles, e podem optar por responder somente às perguntas feitas por seus advogados.

Acusações e crimes imputados

Os réus desta trama enfrentam cinco graves acusações, incluindo tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e envolvimento em organização criminosa armada. As evidências apresentadas por Cid fornecem um quadro mais claro sobre a dinâmica interna e os níveis de envolvimento dos réus no plano golpista.

Com essas novas informações, a trama política torna-se mais complexa e imprevisível, levantando questões sobre o futuro jurídico de figuras influentes no Brasil. A expectativa é que novos fatos surjam à medida que os interrogatórios avançam, revelando uma história que pode mudar radicalmente a correlação de forças dentro do governo e entre as instituições brasileiras.

Will be among the key elements in the coming days as the legal team prepares to address facts and claims made during these high-profile hearings. A elevação do grau de segurança e o acompanhamento da imprensa serão cruciais para assegurar a transparência do processo e a confiança pública nas instituições.

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