Na missa do Jubileu da Santa Sé, celebrada nesta segunda-feira, 09 de junho, o Papa Leão XIV fez profundas reflexões sobre a fecundidade da Igreja e de Maria, enfatizando que essa fecundidade só pode ser verdadeira quando vivida segundo o amor de Jesus, que depende da Cruz de Cristo. O Papa advertiu que, sem essa conexão, essa fecundidade torna-se apenas uma aparência, se não pior.
Um grande encontro de fé e unidade
O Jubileu da Santa Sé foi um momento marcante que reuniu cardeais, bispos, sacerdotes e leigos em um grande encontro de fé, unidade e crescimento espiritual. A jornada começou na Sala Paulo VI, onde a Irmã Maria Glória Riva, da Ordem das Adoradoras Perpetuas do Santíssimo Sacramento, conduziu a meditação em presença do Papa. Posteriormente, o Pontífice carregou a cruz do Jubileu durante uma procissão até a Basílica de São Pedro, onde presidiu a Santa Missa para aproximadamente 5 mil fiéis.
O Papa destacou as significativas coincidências do Jubileu com a memória litúrgica de Maria, Mãe da Igreja, em um dia que segue o Pentecostes. Ele afirmou que Maria é uma fonte de luz e inspiração, cujo papel é crucial tanto na celebração eucarística quanto na vida da Igreja.

A fecundidade de Maria e da Igreja pela Cruz
Durante a sua homilia, o Papa Leão XIV abordou a conexão essencial entre a maternidade de Maria e o mistério da Cruz. Ele afirmou que a morte de Cristo resulta em uma fecundidade compartilhada, onde Maria é transformada na nova Eva, associada à redenção do Filho.
“A fecundidade da Igreja é a mesma fecundidade de Maria; e realiza-se na existência dos seus membros na medida em que eles revivem, em menor dimensão, o que a Mãe viveu, isto é, amam segundo o amor de Jesus. Toda a fecundidade da Igreja e da Santa Sé depende da Cruz de Cristo. Caso contrário, é só aparência, se não pior.”
Essa mensagem enfatiza como a santidade de Maria e da Igreja são interligadas. O Papa lembrou que a Santa Sé deve preservar a santidade de suas raízes, enquanto vive na santidade de cada um de seus membros, enfatizando que cada pessoa tem um papel em contribuir para essa fecundidade no cotidiano.

A maternidade de Maria com a primeira comunidade
O Papa destacou também o segundo ícone que representa a maternidade de Maria em relação à Igreja nascente, mencionando o relato de São Lucas sobre a presença de Maria no Cenáculo juntamente com os Apóstolos. Ele afirmou que Maria é “a memória viva de Jesus”, que atua como um polo de atração harmonizando as diferenças entre os membros da Igreja.
“A Santa Sé experimenta de modo muito especial a copresença dos dois polos, o mariano e o petrino. E é o mariano que garante a fecundidade e a santidade do petrino, com a sua maternidade, dom de Cristo e do Espírito. Caríssimos, louvamos a Deus pela sua Palavra, lâmpada que ilumina os nossos passos, também a nossa vida quotidiana ao serviço da Santa Sé,” concluiu o Papa.

O Jubileu da Santa Sé foi um momento significativo que destacou a importância da santidade e da fecundidade tanto da Igreja quanto de Maria, convidando todos os presentes a renovar seu compromisso com a fé e a busca pela santidade.