Brasil, 9 de junho de 2025
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Interrogatório de Bolsonaro e aliados começa no STF

Pela primeira vez, Jair Bolsonaro é interrogado no STF na fase de um processo sobre tentativa de golpe.

O cenário político brasileiro tomou um novo rumo com o início da fase de interrogatórios no Supremo Tribunal Federal (STF), que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados. Os depoimentos se iniciam hoje, e a monitoração está sendo feita pela Primeira Turma do STF, tendo o ministro Alexandre de Moraes como relator do caso. Esta fase marca um momento crucial, considerando as acusações sérias de que o ex-presidente esteve envolvido em uma trama golpista.

A fase de interrogatórios e seus desdobramentos

Os interrogatórios foram agendados pouco mais de dois meses após a decisão do STF que tornou Jair Bolsonaro e seus aliados réus na ação penal. O primeiro a ser ouvido será Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que já firmou um acordo de delação premiada. O ex-presidente, apesar de estar presente durante a sessão, só será interrogado na terça-feira.

Bolsonaro passou o final de semana se preparando para esse momento decisivo. Ele se hospedou no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, e esteve em contato com seus apoiadores, tirando fotos enquanto circulava por uma padaria local. Durante um evento do PL na última sexta-feira, fez um apelo para que seus apoiadores acompanhassem a sessão ao vivo, transmitida pela TV Justiça.

Quem são os réus e as acusações

Os acusados respondem por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Os outros réus incluem ex-ministros e figuras chave da segurança nacional, o que torna o processo ainda mais relevante e delicado.

A sala onde os interrogatórios ocorrem terá uma configuração peculiar, adaptada para que os réus possam ser interpelados de forma clara e direta. Bolsonaro e os outros réus devem ser submetidos a uma série de perguntas, iniciando pelo relator. Essa nova disposição permitirá ao relator uma visão abrangente das dinâmicas entre os acusados, mesmo que seja proibido o contato entre eles.

O papel crucial de Mauro Cid

Mauro Cid, como delator, terá um papel fundamental no andamento do processo. A legislação requer que o delator seja ouvido primeiro para que os outros réus possam ter conhecimento do conteúdo do depoimento. Ele detalhou em sua delação várias reuniões que ocorreram entre Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas, onde discussões sobre medidas com teor golpista foram abordadas.

Testemunhas anteriores, como os ex-comandantes do Exército e Aeronáutica, corroboraram a versão de Cid, mencionando que se opuseram a propostas que poderiam ter reverter os resultados das eleições, reforçando a gravidade das discussões realizadas.

Expectativas e segurança durante os interrogatórios

Com a realização dos interrogatórios, a segurança no STF será reforçada. A Polícia Judicial realizará varreduras, e apenas pessoas previamente cadastradas poderão acessar o local. Além disso, Moraes irá conduzir os depoimentos, seguido por questionamentos da Procuradoria-Geral da República e, por fim, das defesas.

A expectativa é que essa fase do processo seja concluída rapidamente, com previsão para que os julgamentos ocorram ainda em 2025, evitando assim contaminações políticas que poderiam surgir em meio às campanhas eleitorais do próximo ano.

A fase seguinte será a apresentação das alegações finais, onde tanto a acusação quanto as defesas poderão se manifestar. Insira aqui a informação que, após os interrogatórios, será aberto um espaço de discussão onde as partes poderão apresentar argumentos para o relator, culminando no julgamento final.

O que se espera agora é como os interrogatórios se desdobrarão e quais serão os desfechos desse processo monumental na história política do Brasil.

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