Brasil, 9 de junho de 2025
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Governo e Legislativo reafirmam diálogo e evitam tensão na discussão sobre aumento do IOF

Reunião entre Haddad, Alcolumbre e Motta buscou consenso para evitar alta do IOF com propostas de reforma tributária e compensações fiscais

Em uma reunião realizada neste domingo (9), o governo e líderes do Congresso reafirmaram a importância do diálogo para definir estratégias que evitem o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). As partes concordaram que o chefe da Fazenda deve manter contato constante com o Parlamento para alinhar próximas ações.

Diálogo e compromisso com o entendimento

De acordo com presentes, a discussão foi uma das primeiras falas do encontro, mas sem tom de confronto. Os lideranças das duas Casas destacaram a relevância do encontro e a necessidade de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dialogar frequentemente com o Legislativo. “Ninguém pode liderar o governo e ao mesmo tempo atuar sem diálogo com o Congresso”, afirmou Haddad, justificando a necessidade de transparência nas ações fiscais.

Reações dos líderes e alinhamentos políticos

Haddad reforçou que não é uma tradição de qualquer governo comunicar previamente ao Congresso sobre o conteúdo de decretos, embora reconheça o valor do relacionamento estreito. “Todas as decisões tomadas sem diálogo podem gerar erros”, ponderou o ministro. Os demais participantes, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o líder do governo na Câmara, Davi Alcolumbre, concordaram que a aproximação é fundamental para o sucesso das medidas.

Propostas de alternativas ao aumento do IOF

Para evitar a alta do imposto, Haddad, Alcolumbre e outros líderes firmaram um acordo de compromisso, que inclui a formulação de um novo decreto para reduzir o aumento originalmente planejado. Além disso, foi discutida a implementação de compensações fiscais, como o aumento da tributação sobre plataformas de apostas on-line, de 12% para 18%, e a cobrança de títulos de renda fixa que atualmente são isentos de impostos.

Previsões de arrecadação e ajustes fiscais

A previsão do governo é que, com as alterações, a arrecadação adicional seja cerca de um terço dos R$ 20 bilhões inicialmente previstos. Boa parte dessas medidas deve ser implementada por meio de uma medida provisória, cujo impacto final na arrecadação ainda será detalhado.

Contexto e próximos passos

Apesar das queixas de alguns parlamentares, como Pedro Paulo (PSD-RJ), de que as ações priorizaram a arrecadação, a relação entre representantes do governo e do Legislativo foi considerada harmoniosa. A expectativa é que, com tais ajustes, o acordo possa garantir estabilidade fiscal sem gerar conflitos maiores.

O governo informou que publicará nos próximos dias a medida provisória que detalhará as novas regras e compensações fiscais, visando estabilizar as receitas públicas e evitar disputa política acirrada. A estimativa é que a arrecadação, com a redução do IOF, represente cerca de um terço dos valores inicialmente previstos, o que pode reduzir o impacto financeiro para o Tesouro Nacional.

Mais detalhes da reunião podem ser consultados na matéria publicada pelo jornal O Globo.

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