Brasil, 9 de junho de 2025
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Entregador é baleado por policial na Tijuca, no Rio de Janeiro

Um entregador foi baleado por um agente do programa Segurança Presente; as versões sobre o incidente divergem entre as partes.

Na manhã desta segunda-feira (9), um momento de tensão tomou conta da Avenida Maracanã, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, quando um entregador foi baleado por um policial que integra o programa Segurança Presente. O caso gerou controvérsia, pois tanto os policiais quanto a vítima apresentaram relatos divergentes sobre o incidente.

Entenda o que ocorreu

De acordo com os policiais envolvidos na ocorrência, eles estavam realizando um patrulhamento na área e subiram na calçada para desviar do congestionamento na avenida. Nesse momento, ao serem abordados, o entregador Gustavo dos Santos Fernandes, de 34 anos, estava na sua bicicleta e reagiu, aparentemente agredindo os agentes. Segundo o depoimento do policial Fernando Rodrigo da Silva da Hora, ele alegou que disparou um tiro para conter o entregador, atingindo o mesmo na altura da cintura.

Após o disparo, o policial acionou o serviço de emergência, e Gustavo foi imediatamente levado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, onde passou por uma cirurgia. Embora tenha se recuperado da operação, o estado de saúde dele ainda é um mistério para a família e amigos.

Versões divergentes

Por outro lado, a versão fornecida pela família do entregador é bastante diferente. Eles afirmam que Gustavo estava quase sendo atropelado pelo policial ao tentar atravessar a calçada. Inconformado com a situação, ele teria feito uma reclamação, o que gerou a reação do policial que, segundo a família, desceu da moto e agiu com truculência.

Num ato de legítima defesa, Gustavo teria dado um tapa no policial, e esta ação acabou em tragédia, resultando no disparo que feriu o entregador. Esse relato levanta questões sobre o uso da força por parte dos policiais, especialmente em situações em que não há uma ameaça iminente.

Consequências e investigações

Em decorrência do ocorrido, o policial que disparou ficará afastado das atividades do Programa Segurança Presente até que a Corregedoria da Polícia Militar, juntamente com a Polícia Civil, finalize a apuração dos fatos. A investigação busca esclarecer as circunstâncias que levaram à ação e se houve abuso de poder por parte do agente envolvido.

Reações nas redes sociais

O incidente gerou grande repercussão nas redes sociais, levando a um debate intenso sobre a atuação das forças de segurança nas grandes cidades do Brasil. A população expressou suas preocupações sobre a brutalidade policial e o tratamento dispensado a trabalhadores, como os entregadores, que muitas vezes são expostos a situações de risco em suas atividades diárias.

Além disso, muitos comentaram sobre a necessidade de uma reformulação nas práticas policiais e programas como o Segurança Presente, que, embora tenham o intuito de aumentar a segurança, podem acabar resultando em tragédias como essa.

Conclusão

Este caso revela não apenas a complexidade das interações entre a polícia e a população, mas também expõe a vulnerabilidade de trabalhadores que, em busca de seu sustento, podem se encontrar em situações extremas. Enquanto as investigações prosseguem, a esperança é de que se chegue a uma verdade justificada e que responsável pela ação faça frente às consequências de suas escolhas. O episódio reforça a discussão sobre a necessidade de reavaliação das táticas policiais e do uso de força em situações que, aparentemente, poderiam ser resolvidas sem violência.

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