A Cultura Inglesa anunciou uma grande estratégia de expansão por meio do modelo de franquias, buscando quadruplicar sua rede de escolas de inglês nos próximos cinco anos. A iniciativa é uma resposta à redução significativa da malha de unidades provocada pela pandemia e pela concorrência de escolas bilíngues e plataformas digitais.
Plano de expansão e foco em franquias
O plano é colocar no mercado 300 franquias, com destaque para cidades de pequeno e médio porte, além de regiões pouco atendidas nas grandes capitais. Atualmente, a rede conta com 61 unidades próprias e 40 franquias, estas últimas adquiridas em 2021, após a compra da operação do Rio de Janeiro, então vinculada à Spot Educação, de Jorge Paulo Lemann.
Stratégia liderada por Wilson Diniz
O executivo Wilson Diniz, CEO da Associação Cultura Inglesa de São Paulo (Acisp), que há dez meses assumiu a liderança, explicou que as franquias serão prioridade na estratégia de crescimento. “Vamos colocar as franquias no centro, embora mantenhamos nossas escolas próprias”, afirmou Diniz, que tem experiência no setor de educação, com passagens pela Cruzeiro do Sul e CNA Idiomas.
Resultados e perspectivas financeiras
A entrada no modelo de franquias já gerou vendas de 20 unidades inéditas, que ainda serão implementadas. Cada escola tem um investimento que varia de R$ 120 mil a R$ 350 mil, dependendo do formato, e o retorno financeiro previsto é de 12 a 18 meses. Apesar da pandemia ter causado fechamento de muitas unidades, a receita da cultura manteve-se estável em 2024, e pela primeira vez em quatro anos, a rede registrou superávit, que é reinvestido na própria operação.
Reconhecimento do potencial digital
Apesar do impacto da Covid-19, Diniz afirmou que produtos digitais representam uma oportunidade, reforçando a importância do método presencial. “Nossos alunos já experimentaram várias ferramentas online, mas nos procuram quando desejam aprender de verdade”, afirmou.
Novos produtos e projetos
Além da expansão via franquias, a Cultura Inglesa criou o curso Turbo, voltado para classes C e B, com preços mais acessíveis e duração acelerada. O programa bilíngue também está em expansão, presente atualmente em 80 escolas, com cerca de 25 mil alunos, e a meta é chegar a 75 mil em cinco anos.
Perspectivas e desafios futuros
Wilson Diniz acredita em um momento de inflexão, com crescimento de dois dígitos na captação de novos alunos e ganho de market share diante de um mercado que vê concorrentes mais frágeis. A prioridade agora é acelerar os projetos de franquias e consolidar o novo modelo acadêmico, com foco na oralidade, até o primeiro semestre de 2026.
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