Casemiro, meio-campista brasileiro de 31 anos, passou por uma das fases mais desafiadoras de sua carreira nos últimos meses. Recentemente, o jogador viveu um momento de destaque na temporada, após enfrentar dificuldades no Manchester United, onde foi relegado ao banco de reservas por um longo período. Desde então, sua trajetória no clube inglês tomou um novo rumo, culminando em seu retorno à seleção brasileira, um feito esperado por muitos após um hiato de um ano e meio.
A reviravolta no Manchester United
Em fevereiro, durante um jogo da Copa da Inglaterra contra o Leicester, Casemiro assistiu a maior parte da partida do banco. Ele entrou em campo no último minuto, um reflexo da fase complicada que enfrentava na equipe. Dos oito jogos anteriores, foi apenas reserva não utilizado em sete deles, o que representou um desafio inédito em sua carreira. No entanto, com a chegada do técnico Ruben Amorim, a situação do jogador mudou drasticamente.
Casemiro destacou a importância desse novo momento. “Sem dúvida, é um dos anos mais importantes da minha carreira. Se não for o mais importante”, afirmou. O jogador atribui sua recuperação a um diálogo aberto com seu novo técnico, que, segundo ele, não tinha nada contra sua presença em campo, mas optou por outras escolhas. Essa transparência ajudou a fortalecer a relação entre eles e permitiu que Casemiro se concentrasse em seu trabalho.
Estatísticas que falam por si
A mudança no aproveitamento de Casemiro sob a direção de Amorim é evidente. Enquanto nos 20 primeiros jogos sob seu comando ele atuou em apenas oito, a finalização da temporada trouxe um cenário bem diferente: o brasileiro participou de 18 das 22 partidas seguintes e se tornou titular em 15. Além disso, ele conseguiu marcar dois gols e fornecer duas assistências, um feito notório para um jogador cuja principal função é a defesa.
Desempenho na Seleção Brasileira
Com o retorno triunfal ao Manchester United, Casemiro também celebrou o chamado de volta à seleção brasileira, logo após o afastamento do técnico Dorival Júnior. Seu relacionamento com o novo técnico da seleção, Carlo Ancelotti, é marcado por simplicidade e compreensão, permitindo que Casemiro sinta-se confortável para expressar suas opiniões.
A sinergia entre jogador e técnico é evidente. Durante as negociações de Ancelotti com a CBF, o volante foi consultado para fornecer informações sobre o ambiente da seleção, o que mostra a confiança que o treinador deposita nele. Embora Casemiro não tenha recebido a braçadeira de capitão, tornou-se um elo vital entre o treinador e seus colegas de equipe, favorecendo uma atmosfera colaborativa e motivadora.
A química entre Casemiro e Ancelotti
O relacionamento estreito com Ancelotti inclui momentos de descontração, como quando o treinador participou do tradicional trote da seleção, que exige que novos integrantes cantem na frente dos demais. Casemiro não perdeu a oportunidade de brincar, comentando: “Canta mal demais.” O evento, que geralmente é reservado aos jogadores, demonstra a disposição de Ancelotti em se integrar ao grupo, algo que o volante aprecia e considera essencial para a dinâmica do time.
Com a música escolhida por Ancelotti, “Il migliori anni della nostra vita”, do cantor italiano Renato Zero, o diretor reafirma a ligação do passado de Casemiro com a seleção e a enorme importância do presente. “É um título sugestivo para a seleção e para mim”, ressalta o jogador.
O retorno de Casemiro à seleção brasileira não é apenas um desfecho de sua história recente, mas também um novo começo. A superação dos desafios vividos nas últimas temporadas moldou um jogador mais forte e resiliente, pronto para contribuir significativamente mais uma vez com a Amarelinha. A trajetória do volante serve de inspiração a muitos, mostrando que, mesmo diante das adversidades, é possível ressurgir e brilhar novamente.
