A Casa Geral dos Espiritanos, em Roma, celebrou com grande fervor a Solenidade de Pentecostes, unindo a família espiritana que reside e trabalha na Cidade Eterna. Neste ano de 2025, o Cardeal D. José Tolentino Mendonça presidiu a Eucaristia e, durante sua homilia, ressaltou a importância do amor a Jesus, afirmando que “Ele vos enviará o Espírito. Este Espírito é Consolador, Recriador, Espírito que dentro de nós defenderá a audácia da esperança”.
O significado do Pentecostes para a Igreja
O Pentecostes marca o fim do período especial de celebração da Páscoa, sendo celebrado 50 dias após a Ressurreição de Cristo. O acontecimento é considerado uma revolução espiritual, pois o Espírito Santo desceu, acariciando e mudando o coração dos Apóstolos, que, antes amedrontados pela prisão e morte de Jesus, ganharam coragem. O evento gerou uma transformação significativa, permitindo que a Igreja nascesse e prosperasse.
A grande corrente de fé e coragem proporcionada pela descida do Espírito é tão significativa que Pentecostes é celebrado com a mesma seriedade que a Páscoa e o Natal. Os membros da Congregação, conhecidos como Espiritanos, têm uma relação intrínseca com a festa, já que foram fundados no dia de Pentecostes, em 1703, em Paris. Com cerca de 2.500 membros professos ao redor do mundo e mais de mil jovens em formação, a congregação se empenha em continuar seu legado de amor e serviço.
Highlights da celebração em 2025
A celebração deste ano foi marcada pela presença do Cardeal D. José Tolentino Mendonça, que, ao oficiar a Eucaristia, reforçou temas de transformação e esperança. Em sua homilia, ele destacou que o Espírito Santo é o agente da transformação e que sua presença é uma fonte de inspiração e renovação na vida dos fiéis.
O Cardeal pediu que os presentes continuassem a amar a Cristo, prometendo que o Espírito Santo os guiaria. Ele descreveu o Espírito como “Consolador” e “Recriador”, enfatizando sua atuação como defensor da fé, da esperança e do amor em tempos de incerteza. As citações inspiradoras do Cardeal sobre a criatividade do Espírito Santo encontram ressonância na visão de que a missão da Igreja deve ser dinâmica e aberta à transformação.
O chamado à ação espiritual
O Cardeal enfatizou que o Espírito Santo é intensidade, ação e criatividade, pedindo que cada um colabore com alegria e esperança para fazer nascer a vida nova em cada lugar onde estão. Ele mencionou a necessidade de uma Igreja que transite de uma postura fechada para uma missão expansiva, promovendo a transformação em suas comunidades e além. Esse clamor de renovação se estendeu a cada um dos membros presentes, convidando-os a serem protagonistas na construção do Reino de Deus.
Ele também fez referência ao Papa Francisco, que, em uma mensagem dirigida aos Espiritanos, destacou a importância da coragem, abertura e entrega à ação do Espírito. “Fica o desafio!” foram as palavras finais do Cardeal, ecoando um chamado à ação e ao compromisso com a missão espiritana.
Um presente para as gerações futuras
A celebração do Pentecostes na Casa Geral dos Espiritanos não foi apenas um evento litúrgico, mas também um momento de reflexão profunda sobre o futuro da Igreja e o papel de cada um na propagação da mensagem de amor, esperança e fé. Neste dia especial, a mensagem central de transformação e renovação foi um convite para que todos os participantes, sejam jovens em formação ou membros da congregação, assumam suas responsabilidades missionárias e continuem a obra iniciada pelo Espírito Santo.
O Espírito Santo, como refletido nas palavras do Cardeal, é um alento que nos move em direção a um futuro repleto de possibilidades. É esse espírito renovador que inspira a ação, um dom precioso para aqueles que se dedicam à missão e ao serviço de Deus.
Além da Eucaristia, a celebração também contou com momentos de convivência e partilha, fortalecendo laços entre os membros da família espiritana e reavivando a chama da missão comum que os une.
A celebração de Pentecostes deste ano, portanto, se destacou não apenas pela solenidade das tradições, mas principalmente pela revitalização do chamado de cada um a viver e testemunhar a fé em suas vidas cotidianas.
