Brasil, 9 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Bolsonaro se defende durante interrogatório no STF sobre suposta trama golpista

Ex-presidente reafirma inocência e se diz tranquilo em relação a possíveis condenações.

Na tarde da última segunda-feira (9), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deu início ao interrogatório dos réus do núcleo 1 envolvidos na suposta trama golpista que teria como objetivo manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022. Durante a sessão, Bolsonaro foi enfático ao afirmar que não existe nenhuma preparação para uma possível condenação, garantindo que está com a consciência tranquila.

A defesa de Bolsonaro

Em conversa com jornalistas após o intervalo da sessão, Bolsonaro refutou as alegações de que estaria se preparando para enfrentar um veredicto condenatório. “Eu não tenho preparação para nada, não tem porque me condenar”, declarou o ex-presidente. Ele argumentou que uma eventual assinatura de um decreto de estado de defesa ou de sítio requereria a convocação dos conselhos da República e de Defesa, o que, segundo ele, não aconteceu.

Além disso, Bolsonaro comentou sobre sua relação com Mauro Cid, um tenente-coronel que se tornou delator da suposta trama golpista. Ele afirmou não ter problemas com Cid, que foi o primeiro a ser ouvido durante a sessão.

Interrogatório da trama golpista

Interrogatório da trama golpista

O início do interrogatório

O interrogatório contou com a condução do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que fez as perguntas iniciais, seguido por intervenções do ministro Luiz Fux. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também participou, interrogando Cid, em uma sessão que foi mediada pelo ministro Moraes. Os advogados das demais partes também tiveram a oportunidade de questionar o tenente-coronel.

Durante o interrogatório, Gonet quis saber a expectativa de Bolsonaro e seus aliados em relação à existência de fraudes nas eleições de 2022. Cid, em suas respostas, destacou que havia uma grande expectativa por parte do núcleo do ex-presidente para encontrar evidências de fraude nas urnas. “A gente sempre viu uma busca por encontrar fraude na urna. Com fraude na urna, você poderia convencer os militares dizendo que a eleição foi fraudada”, afirmou Cid, revelando o que considerou como um dos principais motes daquela estratégia.

O impacto das declarações

As declarações de Bolsonaro e as evidências apresentadas por Cid durante o interrogatório têm potencial de gerar desdobramentos significativos para o processo. A narrativa de Bolsonaro reforça sua posição de que não houve irregularidades, enquanto o depoimento de Cid pode complicar a defesa do ex-presidente, especialmente se novas provas forem levantadas durante as investigações.

Ao longo do dia, o clima no STF foi de expectativa, com muitos observadores atentos às palavras de Bolsonaro e as implicações que elas podem ter para seu futuro político e judicial. A repercussão dos depoimentos, além da atmosfera tensa do julgamento, promete manter o público e a imprensa em constante vigilância sobre os próximos passos deste caso complexo e controverso.

Embora o testemunho de Mauro Cid tenha trazido à tona questões sobre a possível fraude eleitoral, o ex-presidente insistiu que as alegações são infundadas, pontuando a ausência de qualquer indício que pudesse levar a uma condenação. Em um contexto político já polarizado, as consequências deste interrogatório ainda estão por ser totalmente compreendidas.

O desenrolar deste caso será acompanhado de perto, tanto pelos envolvidos quanto pela população, à medida que novas informações e análises surgirem nas próximas semanas.

Para mais detalhes sobre esse importante acontecimento, você pode acessar a fonte.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes