Brasil, 10 de junho de 2025
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Alexandre Ramagem nega fraude nas eleições durante interrogatório no STF

O ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, foi interrogado pelo STF sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas e defende sua inocência.

No último interrogatório realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), se defendeu das acusações de envolvimento em fraudes nas eleições. Ramagem, que é deputado federal pelo PL-RJ, enfatizou que não enviou documentos que tratassem sobre este tema e classifica as informações encontradas em seu celular como pessoais. O interrogatório, que teve como principal questionador o ministro Alexandre de Moraes, abordou diversas questões relacionadas à conduta de Ramagem durante e após o período eleitoral.

Documentos no celular e sua natureza

Durante sua defesa, Ramagem foi questionado sobre um documento armazenado em seu celular sob o nome de usuário “a.lamarge”. Este arquivo, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), poderia estar relacionado a uma tentativa de desacreditar as urnas eletrônicas. Ramagem, no entanto, alegou que esse documento era de natureza privada e que continha apenas “opiniões pessoais”, sem qualquer finalidade de compartilhamento.

“Não houve difusão ou encaminhamento. Era algo meu, com opiniões privadas, não oficiais. Não foi compartilhado com ninguém”, enfatizou Ramagem durante o interrogatório.

Ainda sobre os documentos, ele se defendeu dizendo que as informações foram criadas em 10 de julho de 2021 e que a última modificação ocorreu em 27 de julho do mesmo ano, o que parece indicar que o arquivo era uma anotação privada e não um plano de ação contra o processo eleitoral.

Alegações da Polícia Federal

Ramagem também criticou a atuação da Polícia Federal, afirmando que eles tinham conhecimento de que um vídeo encontrado em seu celular se referia a uma sessão do STF, mas que, segundo ele, induziram a PGR a erro. “Entendo que não há veracidade nas imputações de crimes. Estamos aqui para demonstrar a inocência. A Polícia Federal induziu a erro a PGR e esse STF”, afirmou Ramagem em sua defesa.

Além disso, Ramagem foi questionado sobre outro documento localizado em seu computador, intitulado “Bom dia, presidente”. Segundo ele, este arquivo era de sua responsabilidade pessoal e estava relacionado à proposta de criação de um grupo para discutir a viabilidade da participação da Abin no Teste Público de Segurança (TPS) realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Desmonitoramento de autoridades

No decorrer do interrogatório, Ramagem também foi enfático em negar que tenha monitorado autoridades ou ministros do STF através da Abin. “Não fiz monitoramento algum”, garantiu o ex-diretor, reforçando a noção de que suas ações estavam dentro das normas e que não atuou de maneira ilegítima.

Contexto do interrogatório

Este interrogatório de Ramagem é parte integrante da análise da trama golpista que envolve vários réus e que tem gerado uma série de debates acalorados no Brasil. Ele é o segundo réu a ser ouvido pelo STF, seguindo o delator Mauro Cid, que também está envolvido no esquema. A trama em questão gira em torno de supostas tentativas de desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.

A condução do STF e as revelações durante os interrogatórios têm atraído considerável atenção da mídia e da sociedade, uma vez que as questões levantadas podem ter repercussões significativas sobre a confiança do público nas instituições democráticas. O ex-diretor da Abin, ao insistir em sua inocência, tenta desvincular sua imagem de qualquer ação que poderia manchar a reputação do sistema eleitoral brasileiro.

Implicações futuras

À medida que as investigações continuam e mais interrogatórios são agendados, as implicações deste caso se estendem além de Ramagem, afetando outras figuras públicas e a própria percepção da integridade das eleições no Brasil. Especialistas apontam que a transparência e a clareza nas investigações são essenciais para restabelecer a confiança na democracia.

Com o avanço dos interrogatórios e o desenrolar do processo, o Brasil observa atentamente cada novo desenvolvimento, enquanto líderes políticos e cidadãos debatem fervorosamente sobre a importância de proteger o sistema eleitoral e a saúde da democracia.

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