Brasil, 8 de junho de 2025
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Seleção brasileira pode ter recorde de veteranos na Copa de 2026

Após três anos sem título, Brasil se prepara com uma seleção repleta de jogadores experientes para o Mundial de 2026.

É praticamente uma regra do futebol brasileiro: a cada Copa do Mundo sem título, surgem os pedidos por renovação na seleção. Em 2022, com o fim da era Tite após duas edições, a expectativa era de que houvesse uma reestruturação na equipe. No entanto, passados três anos do ciclo, o que se vê é o oposto. A seleção se apresenta com um grupo diverso, mas que conta com muitos jogadores veteranos. O número de atletas com ao menos uma participação em Copas tem crescido e pode registrar um recorde neste século, provocando discussões sobre a dinâmica entre experiência e juventude no elenco.

Jogadores veteranos em destaque

Na atual convocação do técnico Carlo Ancelotti, dos 25 jogadores chamados para os jogos contra Equador e Paraguai, onze já participaram de alguma Copa do Mundo. Os mais experientes incluem nomes como Alisson, Danilo, Marquinhos e Casemiro, todos presentes nas edições de 2022 (Catar) e 2018 (Rússia), refletindo uma preferência por atletas que já vivenciaram a pressão e a emoção do torneio. Essa escolha por uma base sólida busca aproveitar a vivência desses jogadores em competições de alto nível.

É importante lembrar que alguns dos principais candidatos a vagas no time – como Ederson, Rodrygo, Pedro e Neymar – não puderam participar desta convocação por motivos diversos, mostrando que ainda há talentos jovens concorrendo a uma oportunidade na próxima Copa.

Relação entre veteranos e estreantes

O recorde de veteranos pela seleção brasileira em Copas no século é de dez, com registros nas edições de 2006 e 2022. Nos dois casos, a presença elevada de atletas experientes foi influenciada por contextos que incluíam já ter sido parte de seleções vitoriosas ou a continuidade de trabalhos anteriores. Um grupo de veteranos não é necessariamente um sinal de fracasso ou sucesso, mas a combinação entre experiência e renovação continua a ser um tema debatido dentro da comunidade do futebol.

Histórico recente da seleção

A relação entre veteranos e estreantes nas últimas Copas apresenta variações. Em 2022, por exemplo, a seleção contou com 16 jogadores estreantes e 10 veteranos. Em contrapartida, em 2018, foram 17 estreantes e apenas 6 veteranos. Essa mudança reflete não só as escolhas dos técnicos, mas também as necessidades de cada ciclo. O recente histórico do Mundial sugere que a eficácia não é determinada apenas por quantas Copas um jogador já disputou.

  • 2022: 16 estreantes x 10 veteranos
  • 2018: 17 estreantes x 6 veteranos
  • 2014: 17 estreantes x 6 veteranos
  • 2010: 14 estreantes x 9 veteranos
  • 2006: 13 estreantes x 10 veteranos
  • 2002: 18 estreantes x 5 veteranos

A média de idade e a busca por renovação

Dos 32 plantéis da Copa do Catar, a seleção brasileira foi uma das mais velhas, com uma média de idade de 27,88 anos. Essa média foi superada apenas por Irã, México e Tunísia. Apesar disso, a faixa etária se mostrou próxima da campeã Argentina (27,77 anos). É essencial ressaltar que a experiência e a maturidade da equipe podem trazer vantagens em competições de alto nível.

Contudo, não se pode afirmar que não houve tentativa de renovação no grupo. Mais da metade dos 80 jogadores convocados durante o ciclo, de Ramon Menezes até Ancelotti, eram estreantes. Essa busca por novos talentos busca equilibrar a equipe, somando a frescura dos jovens jogadores com a sabedoria e tática dos veteranos.

O papel de Ancelotti

Ancelotti, novo treinador da seleção, traz consigo uma valiosa experiência internacional. O técnico italiano tem um histórico renomado e a missão de criar um time competitivo em busca da tão sonhada conquista da Copa do Mundo. Mesmo favorecendo a experiência, em sua primeira convocação, ele também incluiu novidades, promovendo a estreia de Alexsandro e o posicionamento de Estêvão como titular pela primeira vez. Ele defende um equilíbrio, onde jovens talentos como Estêvão podem ser incentivados pelos veteranos a dar o seu melhor.

— O Casemiro está aqui pelas suas qualidades, experiência e liderança. O Estêvão não está por ser jovem, mas pela qualidade. A conexão entre jovens e experientes é essencial — destacou Ancelotti, ao explicar sua visão sobre a composição do time.

Essa abordagem inovadora pode ajudar a fomentar uma nova era na seleção, onde o respeito pela história e a busca por novos caminhos se encontram em um compromisso mútuo.

À medida que a Copa de 2026 se aproxima, a seleção brasileira se prepara para manter sua tradição de excelência, ao mesmo tempo que investe em novas gerações de jogadores que possam levar o país de volta ao sucesso no cenário mundial.

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