O corpo de Alex Gabriel Santos, um jovem de apenas 16 anos, foi encontrado no último sábado (7) nas margens do Rio Pardo, na cidade de Pontal, São Paulo. A polícia acredita que ele tenha sido vítima de um ato brutal em retaliação após ter pegado um celular em um depósito de bebidas local. A gravidade do caso gerou indignação na comunidade e pedidos por justiça pela família do adolescente.
História trágica de Alex Gabriel Santos
Segundo informações da Polícia Civil, Alex desapareceu no dia 1º de junho. Ele teria encontrado um celular em um depósito de bebidas próximo à sua residência e, ao voltar para casa, foi abordado por homens que o levaram à força. “Ele estava feliz, contou que achou um celular. Infelizmente, ele não sabia que isso iria custar sua vida”, disse a irmã do jovem.
Após seu desaparecimento, a família enfrentou dias de angústia até que na ocasião em que o corpo foi encontrado, os sinais de tortura se tornaram evidentes. “Ele foi encontrado amarrado e com marcas que indicam o sofrimento que passou. Não conseguimos imaginar a dor que ele sentiu”, destacou Samuel Lopes da Silva, primo da vítima.
A retaliação pelo celular
A principal suspeita da polícia é de que o crime tenha sido uma retaliação do proprietário do celular, João Guilherme Moreira, de 27 anos, que foi preso junto a outros três homens envolvidos na agressão. Durante o interrogatório, o dono do aparelho admitiu ter agredido Alex, mas negou a acusação de homicídio. “Nada justifica essa crueldade”, afirmou Janiela Ferreira Riel, tia de Alex. “Se realmente houvesse preocupação com o celular, nós pagaríamos por ele; não era necessária essa maldade.”
A situação se torna ainda mais complicada com a presença de uma mulher que presenciou o crime. Apesar de sua participação passiva, a família de Alex pede que ela também seja responsabilizada. A defesa dela argumenta que a mulher estava colaborando com a investigação e não tinha como prever as agressões.
O clamor por justiça
A família de Alex, devastada pela tragédia, agora luta por justiça. Eles pedem que os responsáveis recebam a pena máxima e que não sejam liberados. “Destruíram nossa família, tiraram um pedaço de nós. Esperamos que a justiça prevaleça e que esses culpados não saiam mais da cadeia”, disse Janiela, em tom de desespero.
Os quatro homens suspeitos de envolvimento no crime foram detidos e estão enfrentando as acusações de sequestro, cárcere privado, tortura e homicídio. Imagens de câmeras de segurança e depoimentos foram cruciais para a investigação, que revelou a dinâmica trágica que culminou na morte de Alex. “Encontramos marcas de sangue na caminhonete e evidências que sustentaram nossas suspeitas”, informou a polícia.
Um caso que chocou a comunidade
A brutalidade do crime reverberou na cidade de Pontal e suscitou um debate sobre a segurança e o valor da vida. A perda de Alex é um trágico lembrete dos perigos que muitos jovens enfrentam em busca de algo simples, como um celular.
Na próxima semana, uma audiência preliminar está marcada para discutir o desenrolar dos casos e a possível punição dos réus. O caso gerou protestos e manifestações em prol da justiça em diversas regiões do estado, evidenciando a necessidade de uma resposta rápida e eficaz diante de crimes dessa natureza.
A sociedade se mobiliza para garantir que tragédias como a de Alex Gabriel Santos não se repitam, e que a vida de cada jovem seja respeitada e protegida. A luta pela justiça continua, e a memória de Alex será mantida viva na busca por um mundo mais seguro para todos.