Brasil, 7 de junho de 2025
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Prio compra Peregrino por US$ 3,3 bilhões e mira dobrar de tamanho

A petroleira brasileira Prio, que tinha origem na falida HRT, anuncia aquisição de 100% do campo Peregrino na Bacia de Campos por US$ 3,3 bilhões, projetando crescimento acelerado.

A petroleira carioca Prio, fundada há uma década e originária da extinta HRT, fechou um acordo de US$ 3,3 bilhões (cerca de R$ 18 bilhões) com a norueguesa Equinor para adquirir a participação total no campo de petróleo Peregrino, localizado na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Segundo o CEO Roberto Monteiro, a operação, associada à obtenção de uma licença ambiental para o campo Wahoo, deve permitir que a companhia dobre de tamanho já no curto prazo.

Impactos da aquisição e licença ambiental no crescimento da Prio

Com a compra de Peregrino e a licença recente para operar o campo Wahoo, a produção diária da Prio, antes de quase 100 mil barris, passará para mais de 200 mil, com ampla folga de capacidade. Monteiro explica que “na prática, dobramos de tamanho” e que essa expansão acontecerá até o primeiro semestre do próximo ano, mesmo que a licença de interligação de Wahoo ainda esteja em trâmite.

Quando o crescimento se concretizará

O executivo estima que até a metade de 2025 a nova capacidade de produção estará totalmente operacional. A obtenção da licença para perfurar Wahoo ocorreu com sucesso, mas o vínculo dos poços à plataforma ainda aguarda autorização, o que deve ocorrer até o segundo semestre deste ano.

Desafios e obstáculos históricos

Monteiro lembra que o ano passado foi marcado por atrasos regulatórios e morosidade na liberação de licenças ambientais, como a de Wahoo. “Foi um ano perdido em relação ao Ibama devido a greves e operações padrão, além de uma demora que impacta também a sociedade, pois só Wahoo gera aproximadamente US$ 90 milhões anuais em royalties”, revelou o CEO.

Operações e estratégia de crescimento

A aquisição do campo Wahoo foi feita oportunisticamente durante a pandemia, quando a BP enfrentava pessimismo com o setor. A Prio conseguiu o preço atrativo na época e agora vê o campo produzindo, interligado ao ativo Frade por meio de tiebacks, promovendo sinergia na operação. A estratégia da empresa é operar seus próprios FPSOs, o que reduz custos e conflitos, ao contrário de modelos “asset light”.

Foco na maturidade dos campos e perspectivas futuras

Com Peregrino produzindo até 110 mil barris por dia, a companhia planeja ampliar sua produção conectando plataformas adicionais, como Polvo e Tubarão Martelo, que possuem capacidade ociosa. A prioridade, segundo Monteiro, é a própria operação, diferentemente de explorar novos ativos via leilões, que a empresa evita.

Situação do mercado e cenário geopolítico

O executivo avalia que o cenário atual, marcado por instabilidades no Oriente Médio e tensões comerciais, torna o momento delicado para o setor. Quanto aos preços do petróleo, prevê que eles se manterão entre US$ 60 e US$ 70 o barril, com custos de produção próximos a US$ 12, garantindo uma margem de segurança.

Visão estratégica e energia limpa

Monteiro afirma que a visão da Prio permanece focada no petróleo, com a empresa nunca tendo investido em energia renovável de forma significativa. “Nossa estratégia sempre foi de especialização na produção de petróleo e não de energia limpa, apesar de termos metas de redução de emissão de carbono por barril produzido”, destaca.

Uso de inteligência artificial e inovação

A companhia já começou a adotar inteligência artificial para melhorar a manutenção preditiva e identificar oportunidades próximas aos seus atuais campos. No entanto, Monteiro reforça que o foco principal continua sendo a otimização da operação petrolífera.

Para saber mais, acesse a matéria completa no site do Globo.

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