Brasil, 9 de setembro de 2025
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Motta deve pautar projeto que anula aumento do IOF após reunião com equipe econômica

Presidente da Câmara pode votar projeto de decreto legislativo que revoga reajuste do IOF, previsto para terça-feira (10), após encontro com governo

O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Hugo Motta (REPUBLICANOS), afirmou que pode pautar na próxima terça-feira (10) o projeto de decreto legislativo (PDL) que busca cancelar o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) anunciado pelo governo federal em maio. A decisão dependerá do resultado de uma reunião marcada para domingo (8) com a equipe econômica do governo na residência oficial do presidente da Câmara.

Recuo do governo e impacto na arrecadação

No final de maio, o Ministério da Fazenda publicou decretos que elevaram as alíquotas do IOF sobre diversas operações financeiras, com o objetivo de arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. No entanto, após críticas de parlamentares e setor empresarial, o governo recuou em parte das medidas, mantendo o IOF zerado para aplicações de fundos nacionais no exterior e fixando em 1,1% a alíquota sobre remessas de investimentos ao exterior.

Com as mudanças, houve uma redução de R$ 1,4 bilhão na previsão de arrecadação. Ainda assim, 18 projetos de decreto legislativo foram apresentados na Câmara e um no Senado por deputados de diferentes partidos, como PL, Novo, União Brasil, MDB e Solidariedade, com o objetivo de anular os decretos do governo.

Críticas ao aumento do IOF e posicionamento parlamentar

O autor de um dos projetos no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), argumentou que o governo ultrapassou suas funções ao utilizar o IOF com fins arrecadatórios de curto prazo. Durante evento no Guarujá, litoral de São Paulo, neste sábado (7), Hugo Motta classificou o reajuste como “infeliz” e afirmou que a Câmara pode votar o projeto de decreto legislativo caso o governo não apresente alternativas satisfatórias.

Em 28 de maio, Motta, junto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UNIÃO), deu um prazo de dez dias ao Ministério da Fazenda para propor outras medidas fiscais. Este prazo vence na segunda-feira (9). O parlamentar destacou que a votação será avaliada após reunião com o ministro Fernando Haddad (PT) e que há sintonia entre Câmara, Senado e governo na busca por soluções estruturais.

Reações do setor empresarial e encaminhamentos

Entidades como CNC, CNI e CNA manifestaram-se contrárias ao aumento do IOF, alegando que ele encarece o crédito para empresas e aumenta a carga tributária em mais de 110% ao ano para financiamentos corporativos. Parlamentares da oposição e partidos do centrão, como União Brasil, Republicanos e PSD, também criticaram a medida.

A equipe econômica do governo sinaliza que o pacote fiscal incluirá uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), um projeto de lei e possivelmente uma medida provisória. Segundo Haddad, as propostas terão impacto estrutural e visam substituir o aumento do IOF como forma de garantir o equilíbrio fiscal do país.

Perspectivas futuras e possíveis soluções

A reunião do domingo buscará definir se o projeto de decreto legislativo será pautado na Câmara na semana seguinte. Se aprovado, o texto poderá suspender o reajuste do IOF, evitando o efeito negativo sobre o mercado financeiro e a arrecadação tributária. A expectativa é de que o Congresso aja de forma conjunta para estabelecer medidas fiscais que atendam aos interesses do setor produtivo e às finanças públicas.

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