Brasil, 7 de junho de 2025
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Lula propõe inclusão da ONU nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia

Presidente Lula visita França e defender a participação de emergentes e ONU em negociações da guerra na Ucrânia

Durante coletiva na França neste sábado (7), o presidente Lula afirmou que espera que a ONU e países emergentes sejam chamados a participar das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Ele também reforçou a importância do acordo entre União Europeia e Mercosul, classificando-o como uma resposta de multilateralismo ao governo de Donald Trump.

Lula propõe envolvimento da ONU e países emergentes na paz

Na visita à França, Lula sugeriu que um colegiado liderado pela ONU possa atuar como mediador no conflito. Ele destacou a necessidade de uma comissão de países neutros e sem envolvimento direto na guerra para facilitar as negociações, principalmente quando há dificuldades na interlocução entre as partes. “Um colegiado liderado pela ONU pode fazer uma proposta, uma comissão de países que não estão envolvidos na guerra para conversar. Quando não dá certo, é preciso trocar os negociadores para avançar”, afirmou.

Diálogo com países envolvidos e falta de coragem internacional

Lula lamentou a ausência de Vladimir Putin na retomada das negociações na Turquia, em maio, após a interrupção dos contatos em 2022. Ele reforçou a importância do diálogo e do envolvimento de líderes globais com a situação. “Fui às comemorações dos 80 anos da Segunda Guerra Mundial, conversei com Putin e Xi Jinping. Falei com Putin pedindo que fosse a Istambul, mas infelizmente ele não foi”, comentou.

Aliança com Macron e relações internacionais

O presidente brasileiro propôs ao líder francês Emmanuel Macron que converse com o secretário-geral da ONU, António Guterres, para visitarem a Ucrânia juntos com outros países emergentes e ouvirem a posição do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Essa iniciativa busca ampliar o diálogo internacional sobre o conflito.

Sobre as razões da guerra, Lula declarou que sempre criticou Putin, mas destacou a complexidade do conflito. “Acredito que todos os líderes políticos do mundo sabem o que vai acontecer, mas falta coragem para agir”, afirmou. Ele também relatou conversas com Putin e Xi Jinping, reforçando sua visão de que o fim do conflito depende de uma vontade política maior.

Defesa do acordo UE-Mercosul e posicionamento sobre EUA

Lula voltou a defender o acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, afirmando que será uma resposta ao multilateralismo promovido pelo governo de Trump. “Este será o acordo mais importante do começo de século e uma contraposição às políticas de protecionismo”, comentou.

Questionado sobre a presença de Donald Trump na COP30, que ocorrerá em Belém em novembro, Lula disse que ligará para o ex-presidente caso ele não confirme a participação. “Se Trump não vir, eu mesmo vou falar com ele para discutir o apoio à causa ambiental”, declarou.

Gastos em viagens internacionais e estratégia diplomática

Sobre os investimentos do Brasil no cenário internacional, Lula afirmou que, embora não saiba exatamente quanto gasta em viagens, sabe quanto traz de volta. Durante reunião com empresários em Paris, anunciou que US$ 100 milhões de dólares em investimentos já foram captados e reforçou que os embaixadores brasileiros pelo mundo devem pensar grande.

Desde sua chegada à França na última quarta-feira, Lula participou de várias atividades, incluindo homenagens na Torre Eiffel, encontros com autoridades locais, homenagem na Universidade Paris 8 e inauguração de exposição. Sua agenda também incluiu a certificação do Brasil como país livre da febre aftosa e audiências bilaterais.

Fonte: GLOBO

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