Brasil, 7 de junho de 2025
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Lula critica violência em Gaza e pede fim do genocídio palestino

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou indignação diante dos massacres em Gaza, chamando a atenção para a falta de humanidade no mundo.

No último sábado (7), durante uma coletiva de imprensa em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar os massacres de civis na Faixa de Gaza, manifestando sua preocupação com uma aparente perda de humanidade em relação ao que considera um genocídio do povo palestino. Ao abordar o assunto, Lula destacou a necessidade de enxergar os palestinos como seres humanos com direitos e dignidade iguais aos demais.

“Eu fico pasmo com o silêncio do mundo. Me parece que não existe mais humanismo nas pessoas. ‘Ah, palestino pode morrer’. Palestino não é ser inferior. Palestino é gente como nós. Ele tem o direito de ter o terreno dele, que foi demarcado em 1967 a área que poderiam construir seu país e está sendo tomada a terra demarcada”, declarou o presidente.

Um genocídio quase invisível

A guerra na Faixa de Gaza completou 50 meses, e as estatísticas são alarmantes. De acordo com as autoridades palestinas, aproximadamente 54,7 mil palestinos foram mortos, sendo cerca de 70% mulheres e crianças. Com o território quase completamente destruído, cerca de 2 milhões de pessoas enfrentam dificuldades, com a fome se agravando devido ao bloqueio de ajuda humanitária imposto por Israel, que propõe a emigração em massa de palestinos para fora da região.

Enquanto isso, Israel anunciou a construção de 22 novos assentamentos na Cisjordânia. Com mais de 700 mil colonos israelenses vivendo atualmente na Cisjordânia, esses assentamentos são considerados ilegais segundo o direito internacional, uma questão que agrava ainda mais a situação tensa entre israelenses e palestinos.

Recentemente, os Estados Unidos vetaram uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo permanente e imediato em Gaza, com outros 14 países votando a favor da medida. Essa ação gerou críticas, já que isso poderia levar a um agravamento ainda maior da situação humanitária na região.

Lula e as negociações na Ucrânia

Na mesma coletiva, o presidente Lula foi questionado sobre o conflito na Ucrânia. Ele sugeriu ao presidente francês, Emmanuel Macron, que conversasse com o secretário-geral da ONU, António Guterres, para que ele visite a Ucrânia e a Rússia com líderes de países emergentes e ouça ambas as partes do conflito.

“Esse grupo vai ouvir o que o Zelensky [presidente da Ucrânia] tem para dizer, ouvir o que o Putin [presidente da Rússia] tem para dizer e construir uma proposta de acordo e colocar na mesa. Se os dois não estão em condição de dizer o que querem, eu acho que alguém de fora poderia dizer o que quer”, explicou Lula.

O presidente brasileiro realiza uma viagem pela Europa com o objetivo de estreitar laços comerciais, e durante a visita anunciou planos de investimentos da ordem de R$ 100 bilhões provenientes de empresários franceses no Brasil até 2030. Essa iniciativa visa impulsionar a economia e promover um diálogo construtivo entre as nações.

A indignação de Lula em relação à situação em Gaza reflete um sentimento crescente entre líderes globais que clamam por ações concretas para mitigar o sofrimento dos civis na região. A falta de resposta efetiva diante de uma crise humanitária de tal magnitude continua a suscitar debates sobre a responsabilidade das nações na defesa dos direitos humanos.

As afirmações de Lula ressaltam a urgência de um diálogo aberto e humanitário para encontrar soluções pacíficas e justas tanto em Gaza quanto na Ucrânia, destacando que a paz deve ser buscada de maneira coletiva. Essa abordagem é vital para reconstruir a esperança em regiões devastadas por conflitos e, em última análise, restaurar a dignidade humana.

O governo brasileiro permanece atento às tensões internacionais e busca desempenhar um papel ativo na promoção de um mundo mais solidário e pacífico.

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