Brasil, 7 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Cejusc do STJ realiza primeiro acordo após 20 anos de tramitação

Inaugurado em abril, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos do STJ fecha seu primeiro acordo, acelerando demandas antigas.

O Centro Judiciário de Solução de Conflitos do Superior Tribunal de Justiça (Cejusc/STJ) realizou, em maio de 2025, seu primeiro acordo após sua inauguração oficial em abril, encerrando um processo iniciado há exatamente 20 anos, em maio de 2005. A conciliação ocorreu na Câmara de Direito Público sob supervisão do ministro Paulo Sérgio Domingues, mostrando o potencial da autocomposição para casos prolongados.

Primeiro acordo do Cejusc reforça uso de mediação na Justiça

A conciliação envolvia uma disputa sobre cobrança por uso de faixas de domínio, áreas às margens das rodovias de uma concessionária de telefonia fixa. O caso, identificado pelo recurso REsp 2.032.364, exemplifica a evolução na resolução alternativa de conflitos no tribunal.

Ministro Paulo Sérgio Domingues conduz primeiro acordo realizado pelo Cejusc
Ministro Paulo Sérgio Domingues conduz o primeiro acordo realizado pelo Cejusc

Segundo o relator do recurso, ministro Sérgio Kukina, a criação do Cejusc representa uma ferramenta importante para promover autocomposição. “As partes podem deliberar com mais autonomia, conhecendo melhor seus interesses e encontrando um ponto de equilíbrio que favoreça um entendimento comum”, afirmou Kukina.

Ele destacou ainda que essa abordagem diminui a quantidade de processos que tramitam na Justiça e estimula os envolvidos a encontrarem soluções mais rápidas e adequadas. “Com a mediação, as partes têm maior protagonismo na resolução de seus conflitos, garantindo decisões mais sustentáveis”, complementou.

Cejusc é estruturado em câmaras especializadas do STJ

De acordo com a Resolução STJ/GP 14/2024, o Cejusc do STJ é composto por três câmaras: de direito público, de direito privado e de direito penal. Cada Câmara é supervisionada por um ministro responsável pela respectiva área de atuação do tribunal.

Os ministros responsáveis pelo biênio 2024-2026 são Paulo Sérgio Domingues (direito público), Marco Buzzi (direito privado) e Sebastião Reis Júnior (direito penal). A criação dessas câmaras visa ampliar a eficiência na resolução consensual de conflitos, promovendo uma cultura de diálogo e acordo no âmbito do tribunal.

Procedimentos e futuro do Cejusc

Conforme a regulamentação, o recurso para o Cejusc pode ser encaminhado pelo relator do processo, desde que ambas as partes concordem com a mediação. Casos de acordo são enviados ao gabinete do relator para homologação, enquanto processos sem solução consensual continuam sua tramitação regular.

A expectativa do tribunal é que o uso do Cejusc seja ampliado, contribuindo para uma Justiça mais célere e participativa, valorizando a autonomia das partes e fortalecendo processos de autocomposição.

Mais informações sobre esse marco na Justiça brasileira podem ser acessadas no site oficial do STJ.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes