No último fim de semana, os torcedores do Racing White Darling Molenbeek (RWDM) receberam uma surpreendente notícia ao acessar as redes sociais do clube. Com a alteração radical de nome e identidade visual, o clube passa a se chamar Daring Brussels e adota a cor dourada como seu novo destaque, ao lado do vermelho. A mudança foi promovida pelo proprietário John Textor, que também é dono do Botafogo. Este rebranding gerou uma onda de críticas e descontentamento entre a torcida.
Troca de identidade gera descontentamento
O anúncio oficial do rebranding foi feito na quinta-feira, e as mudanças foram rapidamente implementadas. A resposta dos torcedores foi imediata, com muitos expressando sua indignação nas redes sociais e criando um abaixo-assinado para contestar as alterações. Os fãs do clube consideram essa transformação uma falta de respeito pela história e pela identidade do RWDM.
Em um comunicado, o clube justificou a mudança como parte de uma estratégia para aumentar a visibilidade e atratividade da marca. O nome Daring Brussels, escolhido por fazer referência à capital da Bélgica, objetiva facilitar o reconhecimento internacional, em comparação ao nome Molenbeek, que, segundo a diretoria, tem menos apelo fora do país.
A nova identidade visual
O novo logotipo inclui a figura de São Miguel, padroeiro da cidade de Bruxelas, e a menção a 1895, ano de fundação do Daring Club de Bruxelles, que se tornou parte do RWDM após a fusão entre os clubes. Esse rebranding, segundo o clube, visa a construção de uma marca autossuficiente e moderna, que busque se alicerçar na rica tradição do futebol belga, marcando um renascimento simbólico 130 anos após a fundação do clube.
Reações da torcida
Entretanto, a reação dos torcedores foi intensa e negativa. Muitos afirmaram que a troca de nome e cores desconsidera a luta e o amor que têm pelo clube. “Que falta de respeito com a gente, torcedor! Lutamos pela volta do nosso clube há anos, essa mudança de identidade é um insulto!”, protestou um torcedor no X. Outros internautas compartilharam sentimentos semelhantes, expressando que o novo nome não representa a essência do clube.
A insatisfação se estendeu às redes sociais, onde as críticas se tornaram cada vez mais numerosas. Os torcedores ressaltaram que a mudança foi feita sem qualquer consulta prévia, subestimando a importância da história e da cultura que envolvem o RWDM. “É triste ver que o nosso clube, nossas cores e nossa história foram apagadas assim, sem uma cerimônia, em um momento tão delicado”, desabafou um fã.
Iniciativa de abaixo-assinado
Os torcedores se mobilizaram, criando um abaixo-assinado para solicitar a reversão da decisão. Até o fechamento desta matéria, o abaixo-assinado contava com 591 assinaturas. Os organizadores pedem apoio de torcedores de outros clubes, reforçando que a mudança ocorreu sem respeito pelas raízes e pela identidade do RWDM.
“O RWDM não é apenas um nome ou um logotipo, é uma identidade, uma herança, um orgulho. Recusamos essa reescrita imposta de nossa história”, afirmaram em um dos trechos do documento. A insatisfação da torcida ganhou repercussão, com outras torcidas se oferecendo para apoiar a campanha e aumentar a pressão sobre a direção do clube.
Desempenho na temporada e impacto da mudança
No contexto das mudanças, a temporada não foi favorável ao RWDM, que não conseguiu o acesso à primeira divisão. A equipe estava em uma posição de liderança na segunda divisão, mas caiu de rendimento nas rodadas finais, o que culminou na desclassificação após a semifinais dos playoffs. Essa situação, aliada à troca de identidade, alimentou ainda mais o descontentamento entre os torcedores.
Sendo assim, as críticas à mudança de nome e logotipo vão além do mero apego às cores e ao nome. Para muitos torcedores, essa transformação representa uma desconexão com as raízes do clube e um descompasso com o sentimento da comunidade que sempre apoiou a equipe. A luta por reconhecimento e respeito está apenas começando, e os torcedores prometem continuar na defesa de sua identidade.