Brasil, 7 de junho de 2025
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Nova descoberta revela três buracos negros supermassivos devorando estrelas

Estudo da Universidade do Havai revela buracos negros supermassivos que sugam estrelas imensas a bilhões de anos-luz da Terra.

A imensidão do espaço se torna ainda mais enigmática com a recente descoberta de três buracos negros supermassivos, localizados a impressionantes 80 bilhões de anos-luz da Terra. Esses gigantes cósmicos estão devorando estrelas que são dez vezes maiores que o nosso Sol, conforme revelado em um estudo realizado pela Universidade do Havai e publicado na revista “Science Advances”.

A descoberta de eventos extremos no cosmos

Os astrônomos que examinaram dados da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA) identificaram que esses buracos negros estão presentes em ambientes extremamente energéticos, resultando em explosões que, de acordo com os cientistas, são as maiores registradas desde o Big Bang, que deu origem ao universo. “O que considero tão empolgante sobre este trabalho é que estamos expandindo os limites do que compreendemos sobre os ambientes mais energéticos do universo”, afirmou Anna Payne, cientista da Space Telescope Science Institute e co-autora do estudo.

Como funcionam os buracos negros supermassivos?

Os buracos negros são objetos astronômicos invisíveis ao olho humano, com uma força gravitacional tão intensa que atraem tudo ao seu redor, incluindo a própria luz. Quando um buraco negro supermassivo, que é o maior tipo de buraco negro encontrado, captura uma estrela, ocorrem eventos explosivos incríveis. Esse fenômeno é denominado “transiente nuclear extremo” pelos cientistas.

Eventos reveladores do cosmos

Jason Hinkle, estudante de graduação da Universidade do Havai e autor principal da pesquisa, ressaltou a importância desses eventos para os pesquisadores: “Esses eventos são a única maneira de iluminar buracos negros massivos, que geralmente são inativos.” O estudo, que documenta pela primeira vez dois desses eventos ao longo da última década, apresenta detalhes sobre a maneira como as explosões ocorreram e o impacto que elas tiveram na compreensão dessas forças cósmicas.

Descobrindo os “gigantes” no espaço

Os pesquisadores conseguiram identificar dois dos três buracos negros supermassivos em 2016 e 2018 por meio de uma missão da ESA. O terceiro, apelidado de “Barbie”, foi descoberto em 2020 por um observatório do Caltech na Califórnia e documentado em 2023. As explosões causadas por esses buracos negros foram tão intensas que seriam apenas superadas pelo próprio Big Bang.

O brilho dos buracos negros

Curiosamente, durante essas explosões, a intensidade da luz nos raios-X, luz óptica e raios ultravioletas variou de uma maneira que os cientistas puderam identificar que era uma estrela sendo despedaçada por um buraco negro. A NASA destaca que os buracos negros realmente se tornam mais brilhantes durante esses eventos cósmicos, e essa luminosidade pode persistir por vários meses, oferecendo uma nova abordagem para detectar buracos negros no universo primitivo.

Olhando para o passado

Quando os astrônomos observam esses fenômenos espaciais, eles estão, na verdade, olhando para o passado. Isso ocorre porque a luz que alcança a Terra leva tempo para viajar até nós; por exemplo, a luz do Sol que vemos hoje tem cerca de oito minutos de idade. “Podemos usar esses três objetos como um modelo para saber o que procurar no futuro”, conclui Payne, enfatizando a relevância dessas descobertas para futuras pesquisas no campo da astrofísica.

Ainda há muito a aprender sobre os buracos negros e o funcionamento do universo. Cada nova descoberta não só amplia nosso conhecimento sobre o cosmos, mas também instiga questões que podem mudar nossa compreensão sobre a própria existência e a evolução do universo.

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