Kim Ng, que quebrou barreiras ao se tornar a primeira GM feminina na história do esporte profissional norte-americano, assume agora o comando da nova liga de softbol Athletes Unlimited Softball League (AUSL), com estreia marcada para 7 de junho. Em entrevista a TIME, ela explicou os motivos de seu novo desafio e as estratégias de expansão do esporte, que tem ganhado destaque nas transmissões televisivas e retornará às Olimpíadas em 2028.
De marqueteira do beisebol ao avanço no softbol
A trajetória de Ng no esporte começou no beisebol, onde atuou como GM do Miami Marlins até 2023. Após liderar a equipe por dois anos — incluindo a primeira classificação aos playoffs após 20 anos — ela optou por uma pausa no fim de seu contrato. “Passei oito meses fora, tentando viver a vida além do esporte”, contou Ng. Durante esse período, fez golf, encontros com amigos e refletiu sobre seu futuro profissional.
Por que apostando no softbol?
Ng ressaltou seu compromisso com a promoção da igualdade de gênero no esporte, além de sua conexão pessoal com o softbol, esporte que praticou na juventude e na universidade. “O softbol é muito semelhante ao beisebol, e sempre tive esse vínculo emocional com a modalidade”, afirmou. Sua experiência ajudou a consolidar sua confiança na atual fase de crescimento do esporte feminino nos EUA, impulsionado por avanços sociais e maior visibilidade nas mídias.
Perspectivas de crescimento para o softbol nos EUA
Por que a experiência de Ng é crucial nesse momento de expansão? Segundo ela, a receptividade social a mulheres atletas nunca foi tão positiva. Além disso, ela destaca a importância de criar pontes entre o universo universitário e o profissional, buscando consolidar uma base sólida de fãs e investidores. “Precisamos de pontes que conectem o público universitário ao profissional, para que o softbol cresça de forma sustentável”, comentou.
O papel das novas plataformas
Ng também destacou a importância de plataformas inovadoras, como a AUSL, para ampliar o alcance do esporte. Apoiada por investidores atentos às tendências de consumo esportivo, a liga busca se consolidar como um modelo de sucesso para futuros projetos femininos no esporte. A estratégia inclui transmissões atrativas e o envolvimento de ídolos para fortalecer a conexão com torcedores.
Impactos futuros e expectativas
Com o retorno do softbol às Olimpíadas em 2028, a liderança de Ng pode acelerar sua popularidade. A dirigente acredita que a combinação de maior reconhecimento social, crescimento de audiência e oportunidades comerciais criará um ambiente propício para o desenvolvimento sustentável do esporte. “Queremos que o softbol seja uma oportunidade real para novas gerações de atletas, espectadores e investidores”, concluiu Ng.