O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda enfrenta dificuldades para identificar a qual igreja ou denominação pertencem os fiéis na próxima edição do Censo. Em 2010, o último levantamento completo, o órgão conseguiu detalhar a quantidade de brasileiros entre diferentes religiões, incluindo evangélicos, católicos, sem religião, além de minoritários como judaísmo e islamismo.
Dados do censo de 2010 e suas limitações atuais
Na edição de 2010, o IBGE detalhou a presença de diversas denominações evangélicas, como Assembleia de Deus, Batistas, Adventistas e Metodistas, além do número de pessoas sem religião, entre elas agnósticos e ateus. Também foram divulgados dados de minorias religiosas, incluindo judeus e muçulmanos. Entretanto, o órgão enfrenta desafios para repetir ou ampliar essa detalhamento na próxima pesquisa.
Segundo informações do G1, o IBGE ainda discute estratégias para identificar a filiação religiosa de maneira mais precisa nas próximas sondagens, o que pode impactar na compreensão da evolução religiosa no Brasil.
Desafios na coleta de dados religiosos
De acordo com especialistas, a principal dificuldade do IBGE é a sensibilidade do tema. Muitos brasileiros podem não se sentir confortáveis em revelar sua filiação religiosa ou acreditar que ela não seja relevante para o estudo. Além disso, a diversidade de denominações e a falta de registros oficiais dificultam a classificação exata.
Relevância do levantamento atualizado
Apesar dos obstáculos, a atualização dos dados é considerada fundamental para compreender as mudanças no panorama religioso do país, especialmente diante do crescimento de novas igrejas e movimentos espirituais. O resultado influenciará políticas públicas, educação e debates sociais relacionados à diversidade e convivência religiosa.
Perspectivas para o próximo censo
O IBGE aposta na implementação de novas técnicas de coleta e na inclusão de perguntas mais específicas para ampliar a precisão das informações. Espera-se que, na próxima edição, seja possível detalhar melhor a composição religiosa dos brasileiros, incluindo a identificação das denominações e até a filiação a novos movimentos.
Até lá, o país continuará com os dados de 2010 como referência, enquanto o instituto trabalha para aprimorar suas metodologias e ampliar a compreensão da presença religiosa no Brasil.