Brasil, 12 de junho de 2025
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Governo Lula busca reverter alta desaprovação por meio de ações econômicas

A pesquisa Genial/Quaest revelou que a desaprovação do governo chegou a 57%. Lula aposta na melhora econômica para reverter situação.

Após a divulgação de resultados negativos nas pesquisas de opinião, auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão otimistas quanto ao potencial de um aumento na exposição do presidente e à melhora dos índices econômicos para reverter a queda de popularidade. A sondagem realizada pelo Genial/Quaest mostrou que a desaprovação do governo chegou a 57%, o pior índice do mandato até agora. Esse número, embora não tenha apresentado uma mudança significativa em relação à pesquisa anterior — que registrou 56% de rejeição —, sinaliza um desafio crescente para o governo.

Em um contexto onde outras pesquisas similares também indicaram altos níveis de desaprovação, como os 53,7% apontados pela AtlasIntel no final de maio, o governo enfrenta um dilema crítico. Em relação à pesquisa Genial/Quaest mais recente, um aspecto positivo foi que Lula empataria com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros quatro nomes da direita caso houvesse um segundo turno na eleição.

A abordagem do governo para o segundo semestre

Uma combinação de dados econômicos favoráveis e medidas direcionadas à classe média, especialmente aos trabalhadores, estão sendo destacadas como principais estratégias para revertendo os índices negativos. Com a pesquisa Genial/Quaest indicando uma avaliação negativa de 43% do governo Lula — a pior até agora —, as expectativas de melhoria dependem de uma visibilidade amplificada do presidente em eventos públicos, além de anúncios de medidas impactantes.

Foco econômico

  • A desaceleração do IPCA-15 em maio, impulsionada pela queda nos preços de alimentos básicos, serve como um indicativo de alívio no bolso da população.
  • Dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) revelam que o Brasil gerou 654 mil novos postos de trabalho com carteira assinada no primeiro trimestre deste ano, um fator que pode contribuir para a melhora da popularidade do governo.
  • O governo planeja anunciar uma nova linha de crédito voltada para reformas de casas, proporcionando assim um suporte direto à classe trabalhadora.

Nessa quinta-feira (5/6), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) comentou que a alta dos preços de alimentos, na qual se observou um significativo aumento nos últimos meses, contribuiu para a desaceleração das avaliações positivas do governo. Ele também demonstrou otimismo ao afirmar que uma safra recorde está prevista, o que deve reduzir os preços de alimentos e, consequentemente, influenciar positivamente a inflação. “O dólar que alcançou um patamar elevado de R$ 6,20 já caiu para R$ 5,70, refletindo um momento distinto para a economia”, acrescentou Alckmin.

Por outro lado, auxiliares de Lula destacam que a rejeição ao seu governo não é apenas resultado das condições atuais, mas também está ligada a episódios controversos anteriores, como a crise do Pix e a mais recente polêmica envolvendo descontos indevidos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O escândalo foi revelado pelo site Metrópoles e impactou a recuperação da popularidade do presidente.

Ademais, o governo também enfrentou um momento delicado relacionado às mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que foram mal recebidas tanto pelo mercado quanto pelo Congresso Nacional. A necessidade de voltar atrás na decisão complicou ainda mais a situação, uma vez que a administração não conseguiu apresentar uma alternativa viável para a arrecadação.

A importância da comunicação

Para mudar o cenário atual, a estratégia do governo é intensificar a presença do presidente nas redes sociais e realizar mais entrevistas, com foco na divulgação de ações positivas realizadas. Segundo a última pesquisa Genial/Quaest, 48% dos eleitores perceberam que a economia piorou nos últimos doze meses, e 79% ainda acreditam que os preços dos alimentos estão altos, apesar de uma recente desaceleração na inflação para alguns produtos.

A queda nos preços de alimentos como tomate e arroz, com variações de -7,28% e -4,31%, respectivamente, são sinais de que talvez haja esperança para a recuperação dos índices de popularidade. A análise atual do governo aponta que a comunicação clara e efetiva sobre as ações realizadas pode fazer a diferença no próximo ciclo de avaliações eleitorais.

Mesmo diante de um cenário desafiador, o governo Lula está apostando em ações concretas no setor econômico e em uma maior exposição de suas realizações para tentar reverter a desaprovação e reconquistar a confiança do eleitorado.

Para mais detalhes sobre o cenário político e econômico, acesse o link.

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