O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fez declarações relevantes sobre sua situação política ao comentar a nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada na última sexta-feira (6). O estudo apontou que Zema ocupa as últimas posições entre os possíveis candidatos da oposição para a disputa presidencial de 2026, com apenas 3% das intenções de voto entre os eleitores bolsonaristas.
Desempenho nas pesquisas
Durante sua participação no Fórum Esfera 2025, realizado no Guarujá, litoral de São Paulo, Zema afirmou que não se preocupa com sua colocação atual, ressaltando que já passou por situações semelhantes antes. “Estou acostumado a começar por último. Lá em Minas, eu comecei com 1%. Acho que já estou bem melhor dessa vez”, comentou ele, demonstrando confiança e resiliência. Para o governador, o cenário atual não o afeta, e ele está preparado para a competição à presidência.
Painel da direita: quem lidera as intenções de voto?
Conforme os dados da pesquisa, os principais candidatos da direita são o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que registra 17% das intenções de voto, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com 16%. Entre os governadores considerados no campo à direita, Zema aparece na lanterna, superado pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (11%), e seus colegas de Goiás e Rio Grande do Sul, que também têm pontuações superiores. Os dados evidenciam que, além do governador mineiro, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também estão à frente de Zema nas pesquisas.
Cenário eleitoral e articulações
No que diz respeito às simulações de segundo turno, a pesquisa revelou que o ex-presidente Lula venceria todos os nomes testados, com uma margem mais ampla contra Zema (42% a 33%). Apesar disso, Zema minimizou a importância do levantamento e reafirmou seu objetivo de retirar o PT do poder. Ele defendeu uma união no campo da direita ao sugerir a realização de primárias, em um modelo semelhante ao que ocorre nos Estados Unidos, para definir um único candidato da oposição.
“O ideal seria que toda a direita se unisse em torno de um nome, um mecanismo semelhante ao que existe nos EUA, para que fosse só um nome”, disse Zema. Ele expressou confiança em sua capacidade de concorrer, vislumbrando a possibilidade de que a direita conte com dois, três ou quatro candidatos na próxima eleição.
Controvérsias e posições políticas
Recentemente, Zema também comentou sobre questões polêmicas, como a possibilidade de um indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, defendendo a anistia em alguns casos do passado. Ao abordar sua visão sobre a ditadura militar, ele inicialmente disse ser “totalmente contrário a qualquer ditadura”, mas, em uma entrevista anterior, caracterizou essa questão como sendo uma “questão de interpretação”. Em sua fala mais recente, ele afirmou que o Brasil já vive uma “ditadura” gerida pelo crime organizado.
Essas declarações de Zema refletem seu posicionamento em um contexto político acirrado, onde a articulação entre os partidos de direita será fundamental para as eleições de 2026. O governador parece estar ciente da necessidade de uma unidade no campo conservador se realmente almeja ascender na corrida presidencial.
Próximos passos
À medida que nos aproximamos das eleições de 2026, Zema e outros possíveis candidatos precisarão avaliar suas estratégias e buscar o apoio do eleitorado, especialmente em um cenário onde as divisões na direita podem influenciar significativamente o resultado. As próximas semanas e meses serão cruciais para a formação de alianças e a definição de candidaturas, num momento em que a política brasileira se mostra cada vez mais dinâmica e competitiva.