Brasil, 8 de junho de 2025
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Gol conclui recuperação judicial nos EUA e planeja expansão no Brasil e exterior

A Gol acaba de finalizar seu processo de recuperação judicial nos Estados Unidos e revela planos de ampliar frota e rotas em 2024 e 2026

A companhia aérea Gol anunciou nesta sexta-feira (6) que concluiu o processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, conhecido como Chapter 11, e agora projeta expandir sua frota e lançar novos voos no Brasil e no exterior. Segundo o presidente-executivo, Celso Ferrer, a estratégia inclui a retomada do crescimento até 2026, após anos de dificuldades financeiras.

Gol: recuperação judicial e planos de crescimento

Em 2024, a Gol foi a segunda aérea brasileira a recorrer à Justiça dos EUA para reestruturar suas finanças, num procedimento semelhante à recuperação judicial brasileira. A decisão ocorreu devido aos atrasos na entrega de aeronaves e aos efeitos prolongados da pandemia, que afetaram o setor de aviação.

Celso Ferrer destacou que a recuperação legitima a força da companhia. “Estamos saindo super fortes. É um plano de cinco anos que se sustenta. A gente fez esse plano sem contar com a ajuda do governo”, afirmou o executivo. Ele acrescentou que a Gol pretende alcançar o nível de operação pré-pandemia até 2026, com uma estratégia voltada à otimização de recursos e expansão de rotas domésticas e internacionais.

Expansão de frota e rotas internacionais

Ferrer revelou que a Gol pretende receber cinco aeronaves Boeing 737 MAX ainda neste ano e que, em 2024, concluirá a revisão de mais de 50 motores. Atualmente, a frota da Gol é composta exclusivamente por aviões da Boeing, embora o executivo manifeste interesse nas oportunidades envolvendo a Embraer.

O plano de expansão inclui reforçar rotas internas e estabelecer voos internacionais, especialmente na faixa que conecta o sul da Flórida ao sul da Argentina. Ferrer projeta que a capacidade de operação da Gol atinja os níveis de 2019 apenas em 2026, após uma significativa recuperação.

Contexto do setor aéreo brasileiro

O setor de aviação no Brasil enfrenta desafios como altos custos atrelados ao dólar, excesso de litígios e preços elevados do combustível, que impactam a competitividade das empresas. Ferrer destacou que o país precisa de uma agenda estruturante para resolver esses problemas de forma sustentável.

“O que eu coloquei no meu plano é um crescimento, sim, mas se a gente olhar para o potencial que tem o Brasil, ele poderia ser muito maior”, afirmou o executivo, reforçando a importância de fortalecer o setor para aproveitar o potencial do mercado brasileiro.

Parcerias e perspectivas futuras

Embora as negociações com a Azul, principal concorrente, continuem em andamento, Ferrer afirmou que qualquer parceria só acontecerá se resultar em benefícios claros, como aumento de rotas e crescimento sustentável. As discussões sobre uma fusão formalizadas em janeiro estão sendo conduzidas pelo Abra Group, holding que controla a Gol e a colombiana Avianca.

Com cerca de US$ 900 milhões em reservas de caixa, a Gol mantém sua estratégia de modernização e busca ampliar sua presença no mercado. “Precisamos de uma agenda mais estruturante para o setor de aviação, garantindo crescimento sustentável e fortalecimento da cadeia produtiva”, concluiu Ferrer.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa.

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