Brasil, 9 de junho de 2025
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Encontro de movimentos e associações para o Jubileu no Vaticano

O Dicastério para os Leigos, Família e Vida se reúne no Vaticano para um encontro jubilar com movimentos e associações de fiéis.

Entre os dias 4 e 6 de junho, uma atmosfera de reflexão e renovação tomou conta da Nova Sala do Sínodo, no Vaticano, com a presença de cerca de 250 participantes das associações internacionais de fiéis e novas comunidades. O encontro anual, promovido pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, visa preparar as bases para o Jubileu dedicado a esses grupos, a ser celebrado nos dias 7 e 8 de junho. Sob o tema “A esperança vivida e anunciada”, a preparação incluiu uma liturgia penitencial, onde os representantes da Igreja tiveram a oportunidade de reconhecer suas falhas e buscar a reconciliação.

A esperança como guia na missão e evangelização

No discurso de abertura, o cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério, ressaltou a importância de renovar a missão cristã para levar a mensagem de Cristo a todos, especialmente em tempos de grandes desafios. Para ele, é crucial que as associações estejam cientes de seu papel como parte da Igreja e como testemunhas da esperança em um mundo que muitas vezes parece escasso de valores e solidariedade. “Devemos caminhar não apenas como uma parte da Igreja, mas juntos, próximos de Pedro e do povo de Deus”, afirmou Farrell.

O início do evento foi marcado por uma liturgia penitencial, celebrada na Basílica de São Pedro, onde os participantes evocaram o Espírito Santo e refletiram sobre suas vivências. Durante essa cerimônia, os moderadores pediram perdão pelas falhas em acolher o Evangelho e pela falta de zelo com os carismas que devem caracterizar seu ministério. Essa busca por renovação não é vista como um momento de autocompaixão, mas como uma oportunidade sincera de redimensionar a relação com Deus e com as pessoas.

Desafios contemporâneos para os movimentos eclesiais

Um dos momentos mais impactantes do encontro foi a palestra dos fundadores da Comunidade de Sant’Egidio, Andrea Riccardi, e Luigino Bruni, vice-presidente da iniciativa “A Economia de Francisco”. Eles abordaram os desafios enfrentados pelos movimentos hoje, destacando a importância de agir além do vitimismo e de redescobrir a fé em meio às adversidades. Riccardi exortou os participantes a não se tornarem indiferentes e a colocarem seus talentos a serviço da transformação social.

O cardeal Luis Antonio Tagle, por sua vez, enfatizou a urgência de renovar a missão e a evangelização à luz da esperança. Segundo ele, somente uma Igreja e movimentos renovados conseguirão atender às necessidades de uma humanidade cansada e fragmentada. “Sentimos que o Senhor ressuscitado nos chama a sermos instrumentos de esperança”, declarou Tagle, apontando para a necessidade de uma ação concreta e inclusiva na sociedade.

A importância do testemunho no cotidiano

A subsecretária do Dicastério, Linda Ghisoni, também compartilhou seus pensamentos sobre a importância dos movimentos não se isolarem e manterem uma consciência viva de serem uma Igreja enviada às periferias. Ela falou sobre o chamado a serem testemunhas ativas da esperança, especialmente em tempos de crescente individualismo e polarização.

As vivências de Camilo Conejeros Anobile e Margarita Sillano Moya, um casal chileno da Comunhão e Libertação, foram apresentadas como exemplos de ação social. Desde 2018, eles dedicam suas vidas a ajudar jovens em situação de vulnerabilidade em Santiago, mostrando como a fé pode ser um catalisador de transformação nas comunidades. “Essas crianças também estão aqui conosco”, destacaram, enfatizando a energia e a esperança que podem surgir mesmo nas condições mais desafiadoras.

Reflexões sobre a esperança

Na tarde de 6 de junho, os participantes tiveram a oportunidade de se reunir em pequenos grupos para discutir os ensinamentos e vivências do encontro. A teóloga Donna Orsuto, da Pontifícia Universidade Gregoriana, trouxe uma mensagem inspiradora, afirmando que o Jubileu é um tempo para “recalibrar e renovar o compromisso” com a missão. Com isso, destacou-se a importância de formação contínua dentro das associações, a fim de que se tornem verdadeiros sinais de esperança.

O encontro no Vaticano, que é parte de um movimento contínuo de renovação dentro da Igreja, objetiva levantar e reavivar a esperança dos participantes, permitindo que, juntos, possam carregar a mensagem de Cristo a um mundo ferido e dividido. O Jubileu promete ser um testemunho transformador da fé em ação.

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