Brasil, 6 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Empresa japonesa ispace quer colonizar a lua até 2040

A ispace já enfrenta desafios em sua missão lunar, mas mantém planos ambiciosos para o futuro.

A empresa japonesa de exploração espacial, ispace, tem a ambição de estabelecer uma colônia na lua até 2040. A ideia é construir uma cidade lunar que abrigue mil pessoas e receba milhares de visitantes para turismo. No entanto, para que isso se torne realidade, a empresa precisa, antes de tudo, realizar um pouso bem-sucedido de sua sonda na superfície lunar.

Fracas tentativas de pouso lunar

Recentemente, a ispace anunciou que sua segunda tentativa de pouso na lua foi oficialmente encerrada após uma falha. Durante uma coletiva de imprensa, o CEO e fundador da empresa, Takeshi Hakamada, descreveu a missão como uma tentativa frustrada e afirmou que a equipe ainda não conseguiu determinar a causa do problema. Ele destacou que a comunicação com a sonda lunar, denominada Resilience, parece estar perdida, e que nenhum dos objetivos da missão foi alcançado.

“Dado que atualmente não há perspectiva de um pouso lunar bem-sucedido, nossa prioridade é analisar rapidamente os dados de telemetria que obtivemos até agora e trabalhar diligentemente para identificar a causa”, afirmou Hakamada.

Histórico das tentativas

A primeira tentativa da ispace, realizada em abril de 2023, também não teve sucesso, pois a empresa perdeu comunicação com o primeiro módulo de pouso durante os momentos finais da missão.

A tentativa mais recente ocorreu após uma jornada de quase cinco meses da Terra até a lua, que começou com um lançamento em 15 de janeiro a bordo de um foguete Falcon 9 da SpaceX. A sonda estava programada para pousar em uma área conhecida como “Mar das Frigoríficas”, parte da região Mare Frigoris.

A Resilience é parte da missão Hakuto-R da ispace e estava orbitando a lua antes da tentativa de pouso. A sonda, movida por painéis solares, levava uma mistura de cargas comerciais e científicas, incluindo um eletrólito de água para testar a capacidade de gerar hidrogênio e oxigênio a partir de água lunar, um módulo de produção de alimentos para cultivar algas como uma possível fonte de alimento e uma sonda para radiação no espaço profundo.

Planos futuros e necessidades para colonização lunar

Para estabelecer uma colônia na lua, a ispace precisará determinar uma fonte abundante de gelo ou água, que será convertida em combustível para uma futura estação de abastecimento lunar. A capacidade de produzir combustível na lua permitirá que a empresa transporte pessoas entre a Terra e a lua.

Se o pouso tivesse sido bem-sucedido, um pequeno rover chamado Tenacious teria sido liberado para explorar a superfície lunar, coletar amostras de solo e transmitir vídeo em alta definição e dados de telemetria de volta à Terra. O rover também transportava uma pequena instalação de arte: uma escultura de uma “Casa Lunar” pintada de vermelho, criada pelo artista sueco Mikael Genberg, montada na parte frontal do veículo.

“Nosso objetivo é construir uma economia cislunar, na qual a lua e a Terra estejam conectadas economicamente e socialmente. Vemos o sucesso do pouso lunar como apenas um passo em direção a esse objetivo. Acreditamos fortemente que esse esforço e seu sucesso a longo prazo contribuirão para tornar a vida na Terra sustentável para toda a humanidade”, declarou o CEO da ispace, Takeshi Hakamada, em uma declaração antes da tentativa de pouso.

Apesar das dificuldades enfrentadas, a ispace mantém seus planos ambiciosos para o futuro. Os desafios que a empresa enfrenta são grandes, mas a visão de um futuro lunar povoado continua a inspirar a exploração espacial.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes