Brasil, 8 de junho de 2025
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Desmatamento na Amazônia aumenta 92% em maio de 2025

Dados alarmantes revelam crescimento do desmatamento na Amazônia em comparação ao ano anterior, exigindo ações mais eficazes.

O desmatamento na Amazônia registrou um aumento alarmante de 92% em maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O sistema de monitoramento Deter, que acompanha as alterações na cobertura florestal da região, revelou que foram desmatados 960 km² de florestas na Amazônia, uma elevação significativa em relação aos 502 km² do ano anterior.

Aumento do desmatamento em números

Esse crescimento no desmatamento representa o segundo aumento já registrado em 2025, uma vez que em abril também houve uma alta de 55% nos alertas de desmatamento. Os estados mais impactados por essa destruição foram Mato Grosso, com 627 km² desmatados, seguido pelo Pará (145 km²) e Amazonas (142 km²).

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, classificou o desmatamento de maio de 2025 como “Desmatamento com Vegetação”, o que indica que a floresta queimada está em colapso. Capobianco ressaltou a prática criminosa do uso do fogo como uma estratégia eficiente para devastar a Amazônia, indicando a necessidade de responsabilização dos infratores e uma aplicação mais rigorosa de embargos e multas.

A importância da fiscalização

Cabe destacar que os dados do Deter fornecem alertas mensais, enquanto o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) oferece informações mais detalhadas sobre as taxas anuais de desmatamento. No acumulado do ano de 2024, no entanto, o Prodes indicou uma queda no desmatamento da Amazônia de 30,6% em relação a 2023.

O papel da política no desmatamento

De acordo com Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, os números sobre desmatamento na Amazônia refletem uma urgência por um novo discurso político em relação ao meio ambiente. Astrini argumentou que há uma falta de unidade no governo em abordar questões ambientais, resultando em uma agenda que não avança de forma coesa. “A agenda ambiental não tolera duplo comando. Está mais do que na hora de o presidente Lula dar um rumo único ao seu governo nesta área”, afirmou.

Comparação com outros biomas

Por outro lado, o cenário no Cerrado é bem mais positivo, com uma redução de 15% no desmatamento em maio de 2025, em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Nos últimos 10 meses, houve uma queda acumulada de 22%, saindo de 5.908 km² para 4.583 km² em desmatamento.

No Pantanal, a situação também é otimista. As taxas de desmatamento caíram 65% em maio de 2025 em comparação a 2024. No acumulado dos últimos 10 meses, a área desmatada no Pantanal despencou de 1.035 km² para 267 km², representando uma queda de 74%.

Encaminhamentos para o futuro

Com os dados alarmantes sobre o aumento do desmatamento na Amazônia, é evidente que o Brasil precisa adotar estratégias mais robustas e eficazes para conter essa prática. Especialistas defendem que a unidade política e uma agenda ambiental forte são essenciais para a proteção da Amazônia. O foco deve ser na fiscalização, responsabilidade e educação sobre a importância de manter nossas florestas, não apenas para a biodiversidade, mas também para a saúde do planeta.

Analistas concordam que um compromisso coletivo e ação imediata são fundamentais para reverter essa tendência preocupante e fortalecer a proteção dos nossos biomas, garantindo um futuro sustentável para o Brasil e o mundo.

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