Brasil, 8 de junho de 2025
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Descoberta de buracos negros supermassivos revela eventos cósmicos

Estudo inédito revela três buracos negros supermassivos devorando estrelas gigantes a bilhões de anos-luz da Terra.

O vasto vazio do espaço continua a se expandir, e com ele, novas descobertas fascinantes que nos ajudam a entender melhor o universo em que habitamos. Um novo estudo realizado por astrônomos da Universidade do Havai, em colaboração com a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA), revelou a existência de três buracos negros supermassivos que estão devorando estrelas com dez vezes a massa do Sol a impressionantes 80 bilhões de anos-luz de distância de nosso planeta.

A descoberta dos buracos negros supermassivos

A pesquisa, publicada na revista Science Advances, destaca que as explosões observadas durante o processo de destruição das estrelas pelos buracos negros foram as maiores desde o Big Bang, evento que deu origem ao universo. Segundo Anna Payne, cientista do Space Telescope Science Institute e coautora do estudo, essa descoberta expande os limites do que entendemos sobre os ambientes mais energéticos do cosmos.

Os buracos negros supermassivos, que estão localizados no centro de galáxias como a nossa Via Láctea, têm uma força gravitacional tão intensa que conseguem consumir todo tipo de matéria, incluindo a luz. Quando uma estrela se aproxima de um desses gigantes cósmicos, pode ocorrer uma explosão espetacular, um fenômeno que os pesquisadores chamaram de “transiente nuclear extremo”.

Como os buracos negros consomem estrelas

Quando uma estrela é capturada pela gravidade de um buraco negro supermassivo, ela se desintegra em um evento dramático, liberando uma quantidade colossal de energia. Jason Hinkle, estudante de pós-graduação da Universidade do Havai e autor principal do estudo, ressalta que tais eventos são essenciais para que os cientistas possam examinar buracos negros massivos que, de outra forma, permaneceriam inativos e invisíveis.

Dos três buracos negros identificados, dois foram detectados em 2016 e 2018 por uma missão da ESA, e são documentados pela primeira vez neste estudo. O terceiro, apelidado de “Barbie”, foi descoberto em 2020 por um observatório da Caltech, na Califórnia, e registrado em 2023. As erupções geradas por esses buracos negros são tão poderosas que, até o momento, apenas o Big Bang pode ser considerado um evento maior em termos de magnitude.

Estudo inédito e suas implicações

O estudo revela que, ao contrário das explosões estelares realizadas anteriormente, a luminosidade desses eventos se comporta de maneira única. As variações na intensidade dos raios X, luz óptica e raios ultravioletas durante esses episódios tornam evidente que se trata de um buraco negro consumindo uma estrela. Curiosamente, a NASA observa que, durante esses eventos cósmicos, os buracos negros tornam-se ainda mais luminosos, com essa luz intensa persistindo por meses a fio.

Esse brilho forneceu aos cientistas uma nova estratégia para localizar mais buracos negros nos cantos mais antigos do universo. Quando os astrônomos observam o espaço, eles estão, na verdade, olhando para o passado, uma vez que a luz das estrelas e galáxias mais distantes leva bilhões de anos para chegar até nós.

Para Payne, os três buracos negros identificados por meio deste estudo servem como um modelo para orientar futuras pesquisas, permitindo que os cientistas busquem formas semelhantes de eventos cósmicos ao longo do tempo.

Conclusão

A descoberta desses buracos negros supermassivos não apenas revela a dinâmica insana dos mais poderosos fenômenos astronômicos, mas também abre novas avenidas para a pesquisa em astrofísica. Ao compreender melhor como esses gigantes cósmicos interagem com o universo ao seu redor, os cientistas estão mais perto de desvendar os mistérios que cercam a formação e evolução do cosmos.

Com cada nova descoberta, as peças do quebra-cabeça cósmico se tornam um pouco mais claras, nos aproximando de uma compreensão mais profunda do nosso lugar no universo.

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