A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que, segundo aliados, se encontra na Itália foragida da Justiça brasileira, terá um julgado importante nesta sexta-feira (6). O Supremo Tribunal Federal (STF) avaliará seu recurso contra a condenação a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A sessão será virtual, ocorrendo das 11h às 23h59, conforme agendamento do presidente da 1ª Turma, ministro Cristiano Zanin.
A situação de Carla Zambelli
Zambelli, que já foi condenada pelo STF, enfrentou rigorosas medidas judiciais nos últimos dias. A decisão do tribunal inclui, entre outras penalidades, a perda do mandato de deputada federal. O ministro Alexandre de Moraes, em resposta a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), também determinou sua prisão preventiva. Este cenário crítico se acentuou com as informações de que a deputada está fora do Brasil desde o início da semana passada, alegando estar buscando tratamento médico. Em uma aparição no canal AuriVerde, no YouTube, Zambelli afirmou que estava desfrutando de sua cidadania europeia para se manter tranquila.
Demandas da Procuradoria-Geral da República
Além da prisão preventiva, a PGR solicitou a suspensão do passaporte de Zambelli e pediu comunicação imediata aos países sobre sua situação, além do sequestro de bens, direitos e valores dela. A intenção é assegurar a reparação do dano no limite da condenação imposta. O pedido busca garantir que os ressarcimentos de R$ 2 milhões, relacionados a danos morais e materiais coletivos, sejam efetivamente cumpridos.
A reação de Zambelli
Durante seus pronunciamentos, Zambelli tentou dar uma conotação de resistência à sua decisão de permanecer fora do Brasil. “Estou na Europa para denunciar o que eu considero uma ditadura no Brasil”, afirmou, destacando que sua escolha não representa um abandono do país, mas sim um posicionamento em defesa das suas crenças. Segundo ela, sua pretensão é “voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”.
A defesa de Zambelli
A defesa da deputada alega cerceamento de defesa, argumentando que não teve acesso completo a provas que considera cruciais para argumentar no processo. O recurso apresentado ao STF pede acesso integral a cerca de 700 GB de dados armazenados em uma plataforma digital e argumenta que isso poderia ter um impacto significativo na decisão sobre sua culpabilidade. Além disso, seu advogado solicita a revogação da condenação e das consequências dela, como a perda do mandato.
O que vem a seguir?
O desfecho desse caso é aguardado com expectativa, não apenas pelos envolvidos, mas pela opinião pública e por outros parlamentares que acompanham a situação com atenção. A decisão do STF, com o julgamento do recurso, pode estabelecer precedentes significativos, não apenas para a deputada, mas para muitos outros políticos e suas respectivas defesas diante de acusações de corrupção e outros crimes. A análise dos embargos apresentados pela defesa de Zambelli está agendada e sua posição na política pode mudar drasticamente dependendo do resultado.
A situação continua a se desdobrar e a próxima semana promete ser decisiva para a deputada foragida e sua trajetória política. Para acompanhar todos os desdobramentos e mais informações sobre o caso, continue ligado nas nossas atualizações.
