Brasil, 7 de junho de 2025
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Celsinho da Vila Vintém é preso e se torna réu por tráfico de drogas

O chefe da facção Amigo dos Amigos foi preso após articulação com milícias e se tornou réu em processo por tráfico no Rio de Janeiro.

No último dia 5, Celso Luiz Rodrigues, conhecido como Celsinho da Vila Vintém, foi formalmente declarado réu em um processo de tráfico de drogas e associação para o tráfico. A decisão ocorreu após a aceitação da denúncia pelo juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 2ª Vara Criminal Regional de Jacarepaguá. Este desdobramento surge após a prisão de Celsinho em uma operação da Polícia Civil no dia 8 de maio de 2025, onde ele foi acusado de expandir o poder do Comando Vermelho na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A prisão e as acusações

Celsinho, apontado como um dos fundadores e líderes da facção criminosa Amigo dos Amigos (ADA), tornou-se um elemento central na rivalidade entre facções que dominam o tráfico de drogas na região. Ao lado dele, o miliciano André Costa Barros, conhecido como Boto, também enfrenta agora as consequências legais de suas ações, enquanto Edgar Alves de Andrade, popularmente chamado de Doca ou Urso, permanece foragido.

O juiz explicitou em sua decisão que a libertação de Celsinho e dos outros acusados representaria um “grave risco à ordem pública”, considerando a gravidade dos crimes cometidos e a possibilidade de influenciarem testemunhas durante o processo judicial. Ele destacou que a prisão cautelar é fundamental para garantir a integridade da investigação e a aplicação da lei.

O papel de Celsinho na criminalidade

Investigações indicam que Celsinho forjou uma aliança estratégica com o Comando Vermelho, um antigo rival, com o objetivo de recuperar áreas de influência que haviam caído sob controle de milícias locais. O envolvimento dele não se limitou a negociações com o Comando Vermelho; ele também operou com um grupo paramilitar, garantindo assim o domínio sobre a Vila Sapê, em Curicica. Essa aliança, que facilitou um acordo triplo entre a pequena milícia de Curicica, o CV e a ADA, demonstra a complexidade e a articulação das facções criminosas no Rio de Janeiro, especialmente na busca por retomar territórios perdidos.

Desde sua prisão, Celsinho tem insistido que não voltou ao crime, mesmo após a gravidade das acusações. A sua trajetória no mundo do crime remonta a 2017, quando foi condenado a 15 anos de prisão por ter liderado a invasão da comunidade da Rocinha, um dos principais pontos turísticos e prósperos da cidade.

Consequências e o futuro de Celsinho

A decisão do juiz de decretar a prisão preventiva de Celsinho levanta a questão sobre a eficácia das políticas de segurança pública no Rio de Janeiro, especialmente no que diz respeito ao controle do tráfico de drogas e à violência associada. O juiz ressaltou que a custódia é necessária não apenas para a conveniência da instrução criminal, mas também para a proteção da sociedade, evitando que os réus possam se evadir ou intimidar testemunhas.

À medida que o processo judicial avança, a sociedade carioca observa com preocupação o desenrolar desta situação que envolve figuras proeminentes do crime organizado. Especialistas em segurança pública acreditam que a resposta do sistema judicial será crucial para definir os próximos passos das facções no Rio e a possível retomada de territórios que ainda são questionados.

O caso de Celsinho ilustra não apenas o impacto das facções criminosas na sociedade, mas também os desafios enfrentados pelas autoridades em distintos níveis, que buscam uma solução duradoura para problemas que afligem a cidade há décadas. Num cenário onde as alianças são constantemente formadas e desfeitas, o futuro do combate ao crime organizado no Rio de Janeiro continua incerto, mas a esperança de um sistema mais justo e eficaz persiste.

Para mais informações sobre este e outros casos relevantes na segurança pública do Rio, siga as atualizações no canal do g1 Rio e fique por dentro das notícias mais recentes.

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