Brasil, 8 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

A importância da Igreja sinodal diante dos desafios sociais

O cardeal Mario Grech destaca como uma Igreja sinodal pode contribuir para um desenvolvimento econômico mais humano.

O papel da Igreja em meio a uma sociedade repleta de desafios tem se tornado cada vez mais importante. Em uma intervenção proferida na Academia Alfonsiana, o cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, ressaltou a relevância de uma Igreja capaz de “caminhar junto” e promover uma verdadeira escuta às questões sociais e econômicas. Sua palestra, realizada no dia 6 de junho, destaca a missão da Igreja sinodal frente às transformações modernas e como essa abordagem pode impactar positivamente o desenvolvimento humano.

A Igreja sinodal como resposta aos desafios contemporâneos

Segundo o cardeal Grech, a Igreja sinodal é aquela que busca uma proximidade com as questões humanas e sociais, como o avanço tecnológico, o desenvolvimento econômico e os conflitos que assolam o mundo. Ele enfatiza que frente a uma “humanidade ferida”, a Igreja tem a responsabilidade de responder adequadamente aos desafios que surgem. “Uma Igreja sinodal,” afirmou Grech, “é aquela que sabe ler sua própria experiência e identifica os passos a serem dados para viver a comunhão e promover a missão confiada por Jesus Cristo”.

Ele também trouxe à tona o Documento Final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, aprovado pelo Papa Francisco, como um chamado à ação para todos os fiéis, reforçando a ideia de que a sinodalidade se torna um estilo para toda a Igreja. “A sinodalidade compromete a Igreja a um modo de viver e operar como um povo que caminha junto, apelando para o Senhor e para a força do Espírito Santo”, acrescentou.

A contribuição sinodal para o desenvolvimento econômico

Grech enfatizou ainda a importância da Doutrina Social da Igreja, que, segundo ele, deve estar centrada na pessoa humana. Ele critica os sistemas econômicos que colocam o lucro acima dos valores humanos e adverte que a sinodalidade oferece à economia “uma contribuição fundamental para a promoção de uma vida social, econômica e política justa”.

O cardeal expressou que uma Igreja sinodal se propõe a ser um canal de justiça, solidariedade e paz, promovendo a escuta e o acolhimento mútuo. Ele argumentou que todos têm algo único a oferecer à sociedade, desafiando o individualismo predominante nos dias atuais. “A profecia da sinodalidade”, segundo Grech, deve ser apresentado tanto em um nível individual, promovendo a escuta e a paciência, quanto em um nível coletivo, buscando a reconciliação e a comunhão entre os povos.

Além disso, ao refletir sobre as questões sociais e econômicas, Grech afirmou que a Igreja sinodal adota uma postura orientada para a humanização, ao invés de seguir lógicas meramente empresariais. Essa abordagem fornece um convite à sociedade e aos sistemas políticos e econômicos para uma conversão profética em direção à justiça e ao desenvolvimento inclusivo.

Conclusão: O futuro da Igreja sinodal

As reflexões de Mario Grech ressaltam a relevância de uma Igreja que não se afasta dos desafios do mundo contemporâneo, mas que busca ativamente uma relação sinodal com a sociedade. O convite à escuta, à paciência e à solidariedade se mostra essencial em um contexto marcado por divisões e desigualdades. A proposta de uma Igreja que caminha junto à humanidade, em vez de se isolar, deve ser vista como um farol de esperança e um chamado à ação para todos os católicos e não católicos que buscam um mundo mais justo e humano.

Com a sinodalidade como base de sua atuação, a Igreja poderá efetivamente responder às exigências sociais atuais e contribuir para um desenvolvimento econômico que realmente priorize a pessoa humana e o bem comum.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes