Brasil, 6 de junho de 2025
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Trump restringe entrada de países com maioria católica e outros cristãos

Restrição temporária afeta seis países com maioria católica e quatro com forte presença cristã, sob críticas de líderes da Igreja

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta semana uma ordem que limita a entrada de cidadãos de 19 países, incluindo seis com maioria católica, devido a questões de segurança e imigração irregular. A medida, que entra em vigor imediatamente, impacta países como Haiti, República do Congo e Equatorial Guinea.

Restrição a países com maioria católica e cristã

Segundo o decreto, países como a República do Congo, Guiné Equatorial e Haiti terão uma proibição quase total de entrada. Além disso, há restrições parciais sobre países como Burundi, Venezuela e Cuba, que também possuem grande presença de cristãos, especialmente católicos.

Erítrea, com cerca de metade de sua população cristã, sobretudo ortodoxa, e Togo, onde aproximadamente 50% se identifica como cristão, também sofrerão restrições parciais. Chad, país de maioria musulmana com forte minoria cristã, terá uma proibição quase total de entrada, enquanto Sierra Leone enfrentará restrições parciais.

Impacto nas comunidades cristãs e críticas

O bispo Mark Seitz, presidente do Comitê de Migração da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB), criticou duramente a medida. Em nota publicada nesta quinta-feira, ele afirmou que a política rompe com a tradição do país como terra de oportunidades e prejudica a confiança no sistema de imigração.

“Uma proibição ampla como essa marginaliza povos inteiros e prejudica nossa imagem internacional”, declarou Seitz, que também mencionou o impacto na reunificação familiar, uma preocupação constante de entidades como a Rede Jurídica de Imigração Católica (CLINIC).

Anna Gallagher, diretora executiva da CLINIC, salientou que a restrição pode aprofundar o sofrimento de famílias tentando se reunir nos EUA, especialmente em um momento em que oportunidades de refúgio e proteção humanitária estão sendo cortadas por políticas anteriores.

Exceções e justificativas oficiais

Trump justificou a medida por motivos de segurança, citando ameaças de terror internacional e casos recentes de imigração irregular, incluindo a prisão de um homem egípcio que tentou atacar uma vigília em Colorado. As exceções incluem residentes permanentes legais, familiares imediatos de cidadãos americanos e pessoas que atuaram ao lado das forças militares dos EUA em regiões de risco.

“Esperamos que essas exceções sejam respeitadas, sobretudo para aqueles que apoiaram nossos esforços ou estão sob ameaça de perseguição religiosa,” disse Seitz, reforçando a esperança de revisão futura da política.

Reações de líderes religiosos e próximos passos

Além do bispo Seitz, outras lideranças religiosas criticaram a decisão. Gallagher lembrou que o impacto sobre famílias que buscam reunificação e proteção continuará a ser devastador, especialmente para aqueles que fogem de perseguições religiosas em seus países de origem.

Trump afirmou que as restrições são essenciais para proteger o país de ameaças terroristas e prometeu manter a segurança nacional acima de qualquer consideração migratória, reforçando o discurso de que os países afetados representam riscos significativos.

Espera-se que nos próximos dias o governo divulgue detalhes adicionais e possíveis alterações na política, enquanto a comunidade internacional acompanha atentos os desdobramentos dessa medida que afetará milhões de pessoas em todo o mundo.

Para mais informações, consulte a fonte original.

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