Brasil, 6 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Sebrae no Pará afirma que não orientou aumento de preços do Airbnb durante COP30

Em meio a investigações pelo Cade, Sebrae no Pará reafirma que parceria com Airbnb visava estimular o turismo, sem sugerir aumento de valores

No contexto da investigação do Cade sobre a disparada de preços do Airbnb em Belém durante a realização da COP30, a direção do Sebrae no Pará afirmou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que não deu orientações ou sugestões de valores aos anfitriões da plataforma. A declaração ocorre após reportagem mostrar que, após um curso promovido pelo Sebrae, alguns anfitriões passaram a cobrar até 10 vezes mais pelos imóveis durante o evento.

Repercussões do procedimento investigatório do Cade

O Cade instaurou um procedimento preparatório para apurar uma possível tentativa de combinação de preços entre anfitriões do Airbnb e o Sebrae. A investigação se intensificou após relatos de aumento expressivo nas tarifas de hospedagem na capital paraense. Para esclarecer os fatos, o órgão exigiu explicações tanto do Sebrae quanto da plataforma americana de locações.

Sebrae justifica parceria com Airbnb

O diretor-superintendente do Sebrae/PA, Rubens da Costa Magno Júnior, enviou ofício ao Cade explicando o envolvimento do órgão na questão. Segundo ele, a parceria com o Airbnb foi firmada em 2024 para o projeto Airbnb Academy, cujo objetivo era estimular o turismo local e auxiliar os anfitriões na correta acomodação dos visitantes durante a conferência do clima.

Curso de capacitação e precificação

Em agosto, foi criado o curso “Obtenha renda extra sendo um anfitrião do Airbnb”, com participação de 62 turmas e 4.325 alunos. Em função das dúvidas dos participantes sobre valores de cobrança, o Sebrae desenvolveu ainda o curso complementar “Precificação de Hospedagem”, ressaltando que usou como parâmetros os custos de manutenção e os valores de mercado, e não sugeriu preços específicos.

Posição do Sebrae e limites

O órgão reafirmou que seus parâmetros utilizados na orientação eram baseados em custos fixos e variáveis, além de valores praticados no mercado, e que não possui legitimidade ou competência para indicar valores concretos de preços de hospedagem. “Em momento algum (…), sugerimos ou orientamos valores a serem cobrados pelos aluguéis”, declarou o Sebrae ao Cade. Fonte

Perspectivas futuras e investigações

A investigação continua em andamento, e o Cade aguarda as respostas do Airbnb para determinar se houve informalmente uma tentativa de especulação imobiliária no período da COP30. O caso reforça o debate sobre a regulação e transparência nos preços de plataformas de locação de imóveis durante eventos de grande escala.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes