Brasil, 6 de junho de 2025
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Reflexão sobre a dor em Gaza: um chamado à justiça

O vigário Pe. Ibrahim Faltas reflete sobre a difícil situação em Gaza, invocando palavras de verdade e justiça.

O vigário da Custódia da Terra Santa, Pe. Ibrahim Faltas, traz à tona a realidade angustiante de Gaza, onde a dor permeia todos os aspectos da vida e “todos são pobres e necessitados de tudo”. Em sua reflexão, ele destaca que a morte “chega do céu e da terra”, e faz um apelo por ações concretas de justiça e empatia diante da tragédia humanitária.

A urgência de palavras e ações em tempos de crise

Na visão de Pe. Ibrahim, o termo “guerra” evoca imagens de confrontos armados entre exércitos desiguais, enquanto a noção de “paz” deveria ser associada ao respeito mútuo pelos direitos. Contudo, na Terra Santa, a dor é universal e atinge cada pessoa, independentemente de sua nacionalidade, religião ou origem étnica. “Sofre quem perde um filho”, enfatiza, refletindo sobre as mães que enfrentam a perda de seus filhos em conflitos que parecem intermináveis.

Desumanização e carestia em Gaza

Pe. Ibrahim também menciona que neste ano, a Festa do Sacrifício, celebrada em 6 de junho, ocorrerá sob um manto de tristeza e desespero. Ele ressalta que a tradição de compartilhar refeições durante essa festividade não terá seu significado habitual na região. A dura realidade é que, em Gaza, “todos são pobres e necessitados de tudo”: falta comida, água, e até mesmo os recursos para enterrar os mortos dignamente. “Neste ano, não haverá cordeiros para comer e oferecer”, lamenta.

Um apelo emocional por uma mudança

O vigário destaca que em Gaza não há escolhas fáceis. A morte é uma constante, e a sobrevivência se torna um desafio diário. “Enquanto uma mão oferece comida, a outra empunha instrumentos de morte”, ele observa. Essa dualidade retrata um cenário de desesperança que, segundo o líder religioso, deve ser urgentemente abordado pela comunidade internacional.

A voz dos inocentes: crianças em Gaza

Um dos aspectos mais dolorosos da situação em Gaza é o impacto sobre as crianças. Pe. Ibrahim afirma que “as mortes de crianças em Gaza e no mundo têm o som lacerante da desumanidade”. Ele apela para que as pessoas não chamem isso de guerra, pois “as crianças de Gaza não quiseram isso, não tiveram escolha.”

A necessidade de um novo entendimento de paz

Para o Pe. Ibrahim, o entendimento de paz deve ir além da mera ausência de guerra. É uma questão de reconhecimento mútuo dos direitos e deveres entre os povos. Nesse contexto, ele valoriza as palavras de líderes que buscam promover a paz, como o presidente italiano Sergio Mattarella, que chamou atenção para a importância de proteger os lares e a dignidade de um povo que sofre.

O chamado à ação e solidariedade

A mensagem final de Pe. Ibrahim é um forte chamado à ação: “Hoje, mais do que nunca, a Terra Santa precisa de gestos concretos de verdade e de palavras que possam se traduzir em atos de justiça”. Ele apela para que a comunidade internacional não se torne complacente em relação a essa crise, e que a solidariedade seja a resposta à dor que milhares de pessoas estão enfrentando em Gaza.

Com isso, Pe. Ibrahim Faltas convida todos a não se calarem diante da injustiça e a praticarem atos de compaixão, que, ainda que pequenos, podem fazer a diferença em um mundo que muitas vezes se esquece da verdadeira essência da humanidade.

* Vigário da Custódia da Terra Santa

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