Brasil, 6 de junho de 2025
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Promotor se opõe a transferência de júri em caso de agressão fatal

Ministério Público argumenta que jurados podem ser imparciais, apesar da repercussão do crime em Santos.

O caso de Tiago Gomes de Souza, preso pela morte do idoso Cesar Fine Torresi durante uma briga de trânsito em Santos, gera debates intensos sobre a imparcialidade do júri popular. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) manifestou-se contra a pedido da defesa para que o julgamento ocorra em outra cidade, enfatizando que a busca por justiça será implacável, independente do local onde o processo aconteça.

Entenda o caso que chocou Santos

O incidente que levou à morte de Torresi ocorreu no dia 8 de junho de 2024, na Rua Pirajá da Silva. Durante uma discussão no trânsito, Tiago Gomes de Souza agrediu o idoso com uma “voadora”, uma manobra onde ele saltou e desferiu um chute no peito da vítima, que estava acompanhado de seu neto de apenas 11 anos. A brutalidade do ato rapidamente chamou atenção da população local e causou grande comoção social.

A defesa de Tiago solicitou a transferência do júri, argumentando que a ampla cobertura mediática e a indignação do público poderiam colorir a opinião dos jurados, comprometendo a imparcialidade do julgamento. No entanto, a manifestação do promotor de justiça, Fabio Perez Fernandez, deixou claro que a repercussão do crime não deve ser um fator determinante, uma vez que ele acredita que os jurados poderão atuar de maneira justa e imparcial.

A posição do Ministério Público

Na sua declaração, o promotor enfatizou que o crime foi “bárbaro” e que a emoção gerada é natural em casos dessa natureza, mas isso não implica que os jurados tenham um preconceito prévio. Ao contrário, ele afirmou que as circunstâncias do crime não alteram a capacidade dos jurados em decidir de forma justa.

Decisão em segunda instância

O advogado de Tiago, Eugênio Malavasi, por sua vez, declarou que a defesa aguarda pacientemente pela decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Ele reafirmou que a equipe jurídica não pretende se manifestar publicamente sobre o caso até que o TJ-SP se pronuncie, evitando assim qualquer julgamento antecipado.

A tensão em torno do caso é palpável, especialmente considerando que o juiz de Santos, Alexandre Betini, reconheceu que “o clamor público ainda está latente”, o que pode influenciar a decisão sobre o pedido de transferência do júri.

A agressão e suas consequências

De acordo com o boletim de ocorrência, o neto da vítima relatou que ele e seu avô tentaram atravessar a rua quando um carro avançou em suas direções, levando o idoso a apoiar-se no capô do veículo. Após a agressão, Torresi foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e, posteriormente, transferido para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região. Infelizmente, ele não sobreviveu às graves lesões, passando por três paradas cardíacas antes de falecer.

A violência do ato provocou revolta na comunidade, intensificando as discussões sobre segurança e justiça no trânsito, e levantando questões sobre como a legislação lida com agressões em situações de conflito.

Próximos passos no processo judicial

O processo agora aguarda uma decisão do TJ-SP, que deverá avaliar o pedido da defesa de Tiago Gomes de Souza. A expectativa é de que a decisão sobre a transferência do júri seja anunciada em breve, permitindo que a justiça siga seu curso, juntamente com a busca por respostas e reparação por parte da família de Cesar Fine Torresi.

Enquanto isso, o clamor por justiça continua, e a população de Santos permanece atenta a cada desdobramento do caso, refletindo sobre as implicações mais amplas da violência e da segurança pública nas relações cotidianas.

Você pode acompanhar mais sobre este caso e outros tópicos relevantes em nosso canal de notícias.

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