Brasil, 6 de junho de 2025
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Prisão de familiares suspeitos de assassinato em briga por bens no Piauí

Familiares de Valdenice Gomes Celestino Soares são presos após assassinato em conflito familiar; investigação aponta premeditação.

Um trágico caso de assassinato abalou a cidade de Paulistana, Piauí, quando Valdenice Gomes Celestino Soares, de 53 anos, foi morta a tiros em 3 de março de 2025. A situação se complica ainda mais com a prisão de dois familiares do principal suspeito, Adelaido Gomes Celestino, que permanece foragido. Este crime, motivado por conflitos familiares relacionados à divisão de bens, levanta questões sobre a violência intrafamiliar e a fragilidade das relações humanas.

A prisão dos suspeitos

Na manhã desta quinta-feira (5), a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) anunciou a prisão temporária do filho e do irmão de Adelaido, que são acusados de envolvimento direto no crime. O filho ajudou o pai a fugir após o assassinato, enquanto o irmão é considerado o mentor intelectual por trás do plano que levou à morte de Valdenice. A SSP agora investiga se a arma utilizada no crime foi enviada de Goiânia (GO) para Paulistana (PI) pelo irmão de Adelaido.

Motivação por conflitos familiares

De acordo com a SSP, os desfechos trágicos do assassinato de Valdenice estão enraizados em disputas sobre a partilha de bens da família. Ela atuava como inventariante, o que gerou descontentamento entre os irmãos, que não aceitavam suas decisões. O relacionamento entre Valdenice e seus irmãos já estava comprometido por ameaças constantes, reveladas por testemunhas que descreveram a tensão crescente dentro da família.

A emboscada e as ameaças

Valdenice foi emboscada enquanto retornava de uma visita a sua propriedade, acompanhada de sua irmã e neto. Ela estava consertando uma cerca, frequentemente danificada pelo irmão, quando foi surpreendida. A brutalidade do ataque, com vários tiros na região do pescoço, indica um planejamento cuidadoso. Mensagens e áudios foram apresentadas à polícia, provando que Valdenice estava sob ameaças diretas, incluindo uma frase alarmante que insinuava que “isso não se resolve na Justiça, mas sim na bala”.

Investigação em andamento

A investigação da Polícia Civil do Piauí (PCPI) já mostrou que o filho de Adelaido esteve presente na cena do crime pouco antes da fuga. Ele foi flagrado em uma motocicleta nas proximidades e seu celular estava conectado ao mesmo ponto de internet utilizado pelo pai, contradizendo seu depoimento. Além disso, a polícia está investigando o desaparecimento do celular da vítima, que pode ter sido destruído para ocultar provas. O irmão de Adelaido está sob investigação por instigar o crime, pressionando o suspeito a agir contra Valdenice.

Repercussão na comunidade

Esse caso chocou a comunidade local, trazendo à luz problemas de violência familiar e o impacto emocional que disputas de herança podem causar. O ex-companheiro de Valdenice relatou que, em 2021, ele também foi alvo de uma tentativa de homicídio por parte do irmão dela, um indício de que a violência já permeava as relações familiares antes mesmo do assassinato. Os relatos de uma matriarca que, após sua morte, deixou um clima de tensão e rivalidade entre os irmãos, em contraste com o papel que Valdenice assumiu na liderança do processo judicial, revelam a complexidade desse drama humano.

Conclusão

As prisões e a constante busca por Adelaido Gomes Celestino refletem a seriedade das relações familiares e os desdobramentos trágicos que podem surgir de disputas interpessoais. A delegada Thainah Teixeira enfatizou a gravidade do crime e a necessidade de proteger as testemunhas. A polícia continua trabalhando para garantir que todos os responsáveis pelo crime sejam levados à Justiça. Este caso serve como um alerta sobre a violência dentro de famílias e a importância de abordar conflitos de maneira pacífica e legal.

Os desdobramentos deste caso continuarão a ser acompanhados de perto, à medida que a Justiça busca respostas e responsabilização para os envolvidos. É uma história de dor e perda que, infelizmente, ecoa em muitas comunidades, onde a divisão de bens muitas vezes se transforma em tragédia.

Leia mais sobre o caso no g1 Piauí

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