Um padre nascido na Nigéria, que prestou serviço na Diocese de Fairbanks, Alasca, por mais de seis anos, foi sequestrado pelo grupo Boko Haram após retornar ao seu país de origem, informou a Diocese de Fairbanks nesta semana. A capturação ocorreu na região de Gwoza, no estado de Borno, na Nigéria, em 1º de junho.
Sequestramento de Padre Alphonsus Afina por Boko Haram
O bispo de Fairbanks, Steven Maekawa, OP, afirmou, em uma declaração publicada nesta semana, que Padre Alphonsus Afina foi “capturado por Boko Haram enquanto servia na Diocese de Maiduguri”, uma das regiões mais afetadas pela violência terrorista na Nigéria. Afina retornou ao país em abril passado, após mais de seis anos trabalhando na diocese no Alasca.
“Rezemos pela sua libertação e por sua força física e espiritual”, pediu o bispo. Ele também anunciou que celebrará uma Missa especial na Catedral do Sagrado Coração, em Fairbanks, em intenção ao padre sequestrado.
Contexto do Sequestro e Reação da Diocese
A Aid to the Church in Need, uma organização de apoio à Igreja, informou que o sacerdote foi levado no domingo, dia 1º de junho, em uma ação que aconteceu enquanto ele viajava com mais duas pessoas na região de Gwoza, perto de Maiduguri. Segundo relato do bispo auxiliar de Maiduguri, John Bagna Bakeni, o grupo foi atingido por troca de tiros entre soldados nigerianos e terroristas, com várias vítimas fatais.
Bakeni disse ainda que o bispo da diocese foi contatado pelo Boko Haram, que forneceu provas de que Padre Afina ainda está vivo. A Diocese de Fairbanks não respondeu a consultas nesta quinta-feira, mas o vigário geral, Padre Robert Fath, afirmou que “há esperança de que nossas orações possam sensibilizar os sequestradores para libertar o padre”.
Perspectivas de libertação e impacto
“Tudo o que podemos fazer agora é orar”, ressaltou Padre Fath. “Orar pela força dele neste momento de sofrimento e esperança de que, com a graça de Deus, ele seja libertado um dia.”
De acordo com a Aid to the Church in Need, Padre Afina é o 15º religioso sequestrado na Nigéria neste ano, número que revela a gravidade da violência associada ao Boko Haram e outros grupos extremistas na região.
Próximas ações e apoio da comunidade
A diocese de Fairbanks confirmou que continuará rezando pelo padre e acompanhando o caso, aguardando por possíveis notícias de sua libertação. Padres e fiéis têm se unido em orações, considerando a situação uma prova de fé diante da crueldade do terrorismo.
Segundo especialistas, a situação reforça a necessidade de atenção internacional às ações do Boko Haram na Nigéria, que continuam causando morte, destruição e sequestros de religiosos e civis.
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