Brasil, 6 de junho de 2025
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Mantenha a popularidade: pesquisa mostra aumento da desaprovação ao governo Lula

Estudo recente revela a maior desaprovação do governo de Lula, refletindo o impacto da crise das fraudes no INSS.

Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest, divulgada na quarta-feira, revelou que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu seu pior patamar desde o início de sua atual gestão. A desaprovação ao governo aumentou de 56% em março para 57%, enquanto a taxa de aprovação caiu de 41% para 40%. Além disso, uma parcela significativa da população acredita que o atual governo é “pior” do que o anterior, liderado por Jair Bolsonaro.

A avaliação do governo Lula sob nova perspectiva

Em termos de avaliação governamental, o cenário de desaprovação continua a se deteriorar. O aumento de cinco pontos percentuais na desaprovação dos cidadãos é alarmante, sugerindo um ciclo de insatisfação que começou há quase um ano. Desde julho de 2024, as pesquisas têm mostrado uma crescente tendência de desapreço à imagem do governo, refletindo uma insatisfação generalizada que se solidifica nas percepções da população.

De acordo com a avaliação de governo, houve uma leve estabilidade em relação ao trimestre anterior, embora a margem de erro de dois pontos percentuais possa alterar as conclusões. A crise provocada pelos desvios nas aposentadorias do INSS é vista como um fator significativo que dificultou a recuperação da imagem do governo. A administração Lula acredita que estava em um caminho de recuperação, mas a repercussão negativa dos escândalos neutralizou esse movimento.

Os grupos mais impactados pela desaprovação

Um dado interessante da pesquisa é que a desaprovação cresceu, particularmente entre a população mais pobre, que ganha até dois salários mínimos por mês. Este grupo, que historicamente tem se mostrado mais favorável a governos do Partido dos Trabalhadores (PT), viu a taxa de aprovação cair de 52% para 50% desde março, com a desaprovação aumentando de 45% para 49%. Essa oscilação é um sinal claro de que a crise social e econômica está afetando diretamente a percepção do governo entre os mais vulneráveis.

Além disso, áreas como o Sudeste, Norte e Centro-Oeste também apresentaram um aumento na insatisfação, com os que desaprovam a gestão Lula aumentando significativamente. Especialmente entre os católicos, pela primeira vez, uma maioria (53%) se declara insatisfeita, evidenciando uma quebra de apoio em um grupo tradicionalmente favorável ao governo.

A comparação com administrações anteriores

Ao analisar a comparação entre os governos, a pesquisa revelou que 44% dos brasileiros consideram o atual governo pior que o anterior, enquanto 40% acreditam que está melhor. Essa percepção é ainda mais acentuada quando se compara com as gestões anteriores de Lula, com 56% da população afirmando que o desempenho de Lula desta vez é inferior ao das suas administrações anteriores.

A pesquisa também levantou que 70% dos brasileiros sentem que o presidente não está conseguindo cumprir suas promessas de campanha e 45% acreditam que a gestão atual está “pior do que esperava”. Essas métricas serão cruciais nas discussões para formação de alianças com vistas à eleição de 2026, onde Lula pode buscar um quarto mandato.

Caminhos para recuperação da imagem

Desde o início do ano, o governo tem buscado recuperar sua imagem, com a designação do marqueteiro Sidônio Palmeira à frente da Secretaria de Comunicação da Presidência. No entanto, as crises recentes, como o escândalo das fraudes no INSS e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), têm dificultado essas tentativas, resultando até na perda de seguidores do presidente nas redes sociais.

A pesquisa aponta que 82% dos entrevistados estão cientes do escândalo e 31% acreditam que a gestão de Lula é a principal responsável pelas fraudes. A forte repercussão dessas notícias tem diminuído o efeito positivo que ações como lançamentos de novos projetos e programas poderiam ter sobre a imagem do governo.

Principais preocupações da população

Atualmente, os brasileiros estão preocupados com questões de corrupção e violência, tendo o temor com corrupção aumentado cinco pontos percentuais desde agosto. No levantamento de maio, 13% da população citou esse tema como uma das maiores preocupações, em meio ao escândalo do INSS. A violência foi apontada como a maior preocupação por 30% dos entrevistados, enquanto a economia se tornou uma apreensão para 19%.

Além disso, 60% dos brasileiros afirmam não conhecer as iniciativas propostas para melhorar a popularidade do presidente. Isso destaca um desafio significativo para a administração, que precisa não só comunicar suas ações, mas também engajá-las de forma que ressoem com a população.

Com a crescente insatisfação e as dificuldades em comunicação, o governo Lula terá de navegar cuidadosamente nessa turbulenta paisagem política para restaurar a confiança e o apoio da população brasileira.

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