Brasil, 6 de junho de 2025
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Maioria dos eleitores quer que Lula e Bolsonaro abram mão de candidaturas

A pesquisa Genial/Quaest mostra que 65% apoiam apoio de Bolsonaro a outro candidato e 66% são contra reeleição de Lula.

Uma recente pesquisa realizada pela Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (5/6), revela um anseio crescente entre os eleitores brasileiros para que tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desistam de suas candidaturas e apoiem outros nomes na corrida eleitoral. Os dados apontam que a população está cansada da polarização entre os dois líderes.

Resultados da pesquisa Genial/Quaest

Conforme a pesquisa, 65% dos entrevistados acreditam que Jair Bolsonaro deveria apoiar outro candidato, enquanto 66% acham que Lula não deveria concorrer à reeleição. Este cenário mostra um descontentamento significativo com a continuação da polarização política que tem marcado os últimos anos no Brasil.

Pela análise do cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, “Cansaço da polarização Lula x Bolsonaro” é a mensagem clara que esse resultado transmite. Ele enfatiza que, se dependesse unicamente do eleitorado, “o líder político do outro polo não deveria estar na disputa”.

Além disso, Nunes observa que essa rejeição crescente se reflete não apenas nas intenções de voto, mas também na percepção dos eleitores sobre a condução do país. É um indício de que a sociedade brasileira anseia por alternativas ao dilema que tem dominado a política nacional.

Cenário eleitoral em transformação

A pesquisa também destaca um dado importante: pela primeira vez, a rejeição ao governo Lula está se traduzindo em uma rejeição eleitoral significativa. Isso abre espaço para novos candidatos, com várias figuras emergindo como potenciais herdeiros das candidaturas de Bolsonaro. Dentre eles, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que apareceu pela primeira vez entre os possíveis concorrentes e já alcança 36% das intenções de voto, comparado aos 40% de Lula.

“Em um eventual segundo turno, Lula estaria empatado com pelo menos cinco outros candidatos. O simples fato de ser um anti-Lula já oferece ao candidato um potencial de 40%, assim como um candidato anti-Bolsonaro tende a oferecer uma força de 45%”, comenta Nunes. O temor de que o adversário vença está levando os eleitores a optar por rejeições, evidenciando o clima de incerteza política que permeia o Brasil atualmente.

A pesquisa foi realizada com 2.004 pessoas entre os dias 29 de maio e 1º de junho de 2023, apresentando um nível de confiabilidade de 95% e uma margem de erro de 2 pontos percentuais. Encomendada pela Genial Investimentos, a pesquisa reflete o sentimento de um eleitorado crescente que busca uma alternativa à polarização política tradicional.

Desafios e perspectivas futuras

Com a crescente resistência à polarização entre Lula e Bolsonaro, os partidos políticos no Brasil podem enfrentar um desafio sem precedentes. A diminuição do apoio a Lula e Bolsonaro poderá abrir caminho para um verdadeiro “novo ciclo” político na nação. Essa possibilidade de mudança é uma oportunidade para novos líderes e movimentos se posicionarem e conquistarem o apoio popular.

Com o cenário se transformando, as estratégias de campanha também precisaram ser adaptadas. As eleições de 2024 prometem ser um reflexo dos anseios de uma população cansada e em busca de soluções que vão além da disputa entre os dois ex-presidentes. O que os eleitores brasileiros realmente desejam é uma colaboração e um diálogo que deixem de fora a rivalidade extrema que tem dominado a política nacional nos últimos anos.

É um momento crucial para o Brasil, onde a vontade popular pode ser um fator decisivo na escolha de seus representantes. A diminuição do apoio a figuras tão polarizadoras quanto Lula e Bolsonaro poderá trazer um cenário de renovação e esperança para a política no país.

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