A tenista francesa Lois Boisson tem se destacado nesta edição de Roland Garros, avançando para as semifinais após uma notável vitória sobre a jovem Mirra Andreeva nas quartas de final. Atualmente, ocupando a 361ª posição no ranking, Boisson está prestes a subir na classificação, podendo alcançar pelo menos 190 posições após sua impressionante campanha no torneio. Uma ascensão que a coloca no foco das atenções no mundo do tênis.
A trajetória de Lois Boisson em Roland Garros
Boisson tornou-se uma das grandes surpresas desta edição de 2025 do Grand Slam francês. Seu próximo desafio será contra a estrela americana Coco Gauff, o que promete ser um duelo emocionante. A tenista de 22 anos, natural de Dijon, na Borgonha, começou sua carreira nos torneios ITF (International Tennis Federation) e, no último ano, já havia demonstrado seu potencial ao vencer um torneio WTA 125. Em maio de 2024, alcançou a 152ª posição no ranking, o que fazia com que sua ascensão na competição atual fosse esperada.
Entretanto, sua trajetória prometia ser dificultosa após uma grave lesão. Boisson sofreu uma ruptura de menisco e ligamento cruzado anterior da perna esquerda durante um torneio WTA 125 em Paris. A gravidade da lesão e o tempo de recuperação exigiam meses de reabilitação, e poucos acreditavam que ela conseguiria retornar ao alto nível de competitividade tão rapidamente.
O retorno notável às quadras
Após nove meses fora das quadras, Boisson voltou à competição em fevereiro deste ano. Um retorno que desafiava a lógica esportiva, já que uma ausência tão longa pode afetar significativamente o desempenho de um atleta. No entanto, ela mostrou que a determinação e o foco podem levar a resultados extraordinários. Sua recuperação foi facilitada por uma abordagem holística que incluiu não apenas treino físico, mas também estratégias inovadoras.
Treinamento neurovisual: um diferencial
Ao invés de seguir apenas as rotinas tradicionais de fisioterapia, Boisson incorporou técnicas das neurociências em seu treinamento pós-lesão. Sob a orientação de seu preparador físico, Sebastien Durand, a tenista utilizou o treinamento neurovisual. “É difícil de explicar. Trata-se do visual, e fazemos exercícios diferentes. Tentamos conectar o cérebro com o jogo e, assim, conseguimos acelerar o nosso tênis”, explicou Boisson. Essa metodologia, que liga o desenvolvimento mental ao desempenho esportivo, pode ter sido essencial para sua rápida recuperação.
Fora das quadras, Boisson também enfrentou um desafio inesperado. Durante a competição, circularam rumores sobre um suposto mau cheiro. Em meio ao estardalhaço, a tenista respondeu com humor, “Acho que vou pedir um patrocínio da Dove”, em referência à famosa marca de desodorante. Essa declaração tornou-se viral, mostrando que mesmo nas adversidades, ela mantém uma postura leve e descontraída.
Expectativas para a semifinal
À medida que se aproxima da semifinal contra Coco Gauff, a expectativa em torno de Lois Boisson só aumenta. Sua jornada é um testemunho da superação, resiliência e inovação no esporte. Os olhares estão voltados para a jovem tenista que, em uma rápida ascensão, conquistou o coração dos fãs de tênis e trouxe novas esperanças para a França no cenário global do esporte.
À medida que a competição avança, muitos se questionam até onde Boisson pode ir. Com sua determinação e novas abordagens de treinamento, ela não só está pronta para enfrentar Gauff, mas também para criar um novo capítulo na história do tênis feminino na França.
