O mineiro John Kennedy, de apenas 23 anos, está em alta no futebol mexicano e se prepara para brilhar no Mundial de Clubes. Desde que se transferiu para o Pachuca no início deste ano, ele se destacou como um dos artilheiros do clube, sendo uma das principais esperanças da equipe que enfrentará gigantes como Real Madrid, Al-Hilal e Salzburg pelo Grupo H.
A trajetória de um jovem talento
Nascido em Itaúna, uma cidade pacata a 80 km de Belo Horizonte, John sempre sonhou com uma carreira no futebol. Sua jornada teve um ponto de virada aos 14 anos, quando, após ser observado por um olheiro, foi levado para as categorias de base do Fluminense. Essa mudança foi crucial para sua evolução como jogador, mas o caminho não foi sem desafios.
Apesar de sua admissão no Fluminense, John Kennedy enfrentou dificuldades para se firmar no time principal. A falta de oportunidades o levou a ser emprestado para a Ferroviária em 2022 e 2023. No entanto, a volta do treinador Fernando Diniz ao clube foi um divisor de águas. Reconhecido como uma peça-chave da equipe, o jovem se transformou de um problema em uma solução.
O brilho na Libertadores
Durante a campanha histórica do Fluminense na Libertadores, Johns mostrou seu verdadeiro potencial, marcando quatro gols e se destacando na fase de mata-mata. Um momento marcante foi na final contra o Boca Juniors. Com o jogo empatado, Diniz fez uma profecia ao convocar John para entrar em campo, dizendo que ele faria o gol do título. E foi exatamente o que aconteceu. Com um chute certeiro, ele garantiu a vitória do Fluminense, conquistando assim o primeiro título do clube na competição.
Polêmicas e desafios pessoais
No entanto, a trajetória de John Kennedy não é isenta de polêmicas. No ano seguinte à conquista da Libertadores, o jogador se viu novamente no centro das atenções devido a um episódio de indisciplina. Ele e outros jogadores foram suspensos por dois jogos após organizarem uma festa no hotel de concentração, o que reacendeu os fantasmas de seu passado.
Esse incidente não era isolado. Em 2022, John já havia sido afastado da equipe principal por falta de comprometimento e atrasos nos treinos. No mesmo ano, sua reputação foi manchada quando a polícia encontrou drogas em um veículo que pertencia a ele. A pressão e a atenção da mídia começaram a pesar sobre seus ombros.
Um novo começo no Pachuca
A fim de reabilitar sua imagem e encontrar um novo rumo em sua carreira, o Fluminense decidiu emprestá-lo novamente, desta vez para o Pachuca, no México. Esse movimento se mostrou acertado, pois foi lá que John Kennedy recuperou seu bom futebol. Em 20 partidas pelo clube, ele já marcou nove gols e proporcionou duas assistências, apresentando uma média respeitável de 0,55 participação em gol por jogo.
Com a confiança renovada e uma mentalidade mais madura, o jovem atacante parece ter deixado as polêmicas para trás, focando em sua evolução no futebol. Ele tem mostrado que é uma força a ser reconhecida não apenas no México, mas também nos grandes palcos internacionais. Com o Mundial de Clubes à frente, John Kennedy espera brilhar mais uma vez e reivindicar seu espaço como um herói improvável. Seu desempenho e dedicação são provas de que, mesmo diante de adversidades, o talento e a determinação podem levar a grandes conquistas.
À medida que se prepara para enfrentar adversários de peso, John Kennedy se apresenta como um atleta que, após batalhas pessoais e profissionais, está pronto para deixar sua marca na história do futebol.