Brasil, 6 de junho de 2025
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Jair Bolsonaro presta depoimento à PF sobre contatos com EUA

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou à PF sobre reuniões com autoridade americana, mas não revelou os detalhes discutidos.

No dia 6 de junho, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento à Polícia Federal (PF) em Brasília e confirmou ter participado de uma reunião com uma autoridade dos Estados Unidos. No entanto, ele optou por não revelar os assuntos discutidos durante o encontro. O depoimento aconteceu no âmbito de um inquérito que investiga a atuação de seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em supostos esforços para influenciar autoridades brasileiras, especialmente relacionadas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Reunião com autoridade dos EUA

Durante a investigação, os investigadores questionaram Bolsonaro sobre os detalhes da comunicação com parlamentares e membros do governo dos Estados Unidos que poderiam estar ligados aos assuntos de interesse do STF e às eleições de 2022. O ex-presidente alegou que não fez contato com qualquer autoridade americana a respeito de sanções, mas acrescentou que recebeu o Conselheiro Sênior do Departamento de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita, no dia 6 de maio de 2025.

“Foi uma conversa de teor reservado”, menciona trecho do depoimento de Bolsonaro.

A declaração de Bolsonaro reflete uma situação tensa, uma vez que Eduardo Bolsonaro está em meio a um afastamento das atividades na Câmara dos Deputados e desenvolvendo atividades nos EUA, o que levantou preocupações sobre sua influência sobre os eventos políticos no Brasil.

Cenário político em discussão

Além das perguntas sobre as reuniões com autoridades dos EUA, Bolsonaro foi questionado se havia trocado documentos ou dossiês com informações envolvendo o STF, PGR e as investigações da PF. Ele negou qualquer contato neste sentido. O ex-presidente foi convocado à PF sob determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, com o intuito de garantir clareza sobre o financiamento de Eduardo nos Estados Unidos.

Em um depoimento anterior, Bolsonaro havia informado que enviou R$ 2 milhões ao filho, que criticou o ambiente de suposta restrição aos direitos fundamentais e liberdades no Brasil.

Eduardo Bolsonaro e suas atividades nos EUA

Desde sua chegada aos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro tem buscado apoio entre políticos Americanos. Um dos desdobramentos mais notáveis de suas articulações foi a declaração do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que manifestou preocupação com a possibilidade de “censura generalizada” no Brasil. “Isso está sendo analisado agora, e há uma grande possibilidade de que isso aconteça,” disse ele, referindo-se a possíveis sanções direcionadas a autoridades brasileiras.

Proximidade com as investigações

As investigações envolvendo Jair e Eduardo Bolsonaro tornam-se cada vez mais complexas. Com a inclusão de informações sobre reuniões discretas e as reações de autoridades externas, a trama se amplia. A atuação de Eduardo nos EUA despertou críticas e discussões sobre a relação do Brasil com potenciais intervenções estrangeiras em questões internas.

A repercussão dos depoimentos

As declarações de Bolsonaro à PF e a relação com Eduardo suscitam uma série de especulações sobre a liberdade de imprensa e os direitos civis, especialmente no contexto das preocupações levantadas por Rubio. A união de esforços entre um ex-presidente e seu filho em busca de apoio internacional também levanta questões sobre a soberania e a autonomia do Brasil em suas decisões políticas.

O contexto político atual, marcado por polarização, antecipa debates acalorados nas próximas semanas. A presença dos Bolsonaro nos Estados Unidos, acompanhada de suas interações com autoridades americanas, continua a alimentar um clima de incerteza e expectativa em relação ao futuro político do país e suas instituições.

Leituras recomendadas

Com uma trajetória repleta de acontecimentos significativos, a relação entre os ex-presidentes e suas insistentes interações com autoridades estrangeiras poderá ter impactos profundos nas futuras eleições e na confiança da população nas instituições brasileiras.

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