Brasil, 11 de setembro de 2025
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grupo de pistolagem é desmantelado em operação da polícia federal

A Polícia Federal desmantela um grupo de pistolagem com fortes ligações a políticos e planos de assassinato.

A Polícia Federal (PF) deu um grande passo na investigação de um grupo suspeito de assassinatos e espionagem, conhecido como “Comando C4”, em uma operação que expõe a articulação perigosa de membros com passagens pelo Exército e civis armados. A operação, que resultou na apreensão de celulares e documentos, revelou um esquema complexo que monitorava autoridades como parlamentares e ministros do Judiciário.

O que é o Comando C4

O “Comando C4” se autodenomina “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos”, refletindo uma ideologia extremista e violenta. As mensagens recuperadas pela PF entre os integrantes do grupo mostram uma dinâmica alarmante, com elogios ao desempenho em execuções consideráveis e referências a “tocaia em andamento”. Isso revela uma estrutura organizada dedicada a ações violentas contra figuras públicas, apelando para uma caça ao inimigo baseado em ideologia.

Preservação de provas e ligações com assassinatos

Entre os documentos encontrados, estavam planilhas organizando “missões” e detalhes sobre os alvos do grupo. A PF encontrou uma tabela com informações que indicavam um planejamento rigoroso das atividades, incluindo o uso de logotipos sugestivos com simbolismos de caveiras, sinalizando de forma perversa a rotina e os objetivos do grupo.

O celular de Hedilerson Barbosa, um dos alvos, estava repleto de imagens de vítimas de homicídio, uma descoberta perturbadora que a PF caracterizou como “totalmente incomum”. Todavia, não há indícios de que ele tenha cometido os homicídios documentados. A prisão de Barbosa e outros integrantes do grupo segue um caminho investigativo que aponta para o comando e execução de assassinatos, como o do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro do ano passado, o que levantou preocupações sobre a relação do grupo com setores mais obscuros da política.

Planejamentos criminosos e armamentos citados

O relatório da PF detalha que os membros discutiam a “locação de aparelhos”, referindo-se à preparação de locais para a execução das missões, e mencionavam armamentos de alto poder bélico, como fuzis e silenciadores. A inclusão de armamentos de uso militar na conversa gerou espanto entre os investigadores, que identificaram um traço preocupante da militarização do crime organizado no Brasil.

Além disso, a PF abordou na investigação o recrutamento de um especialista em tecnologia da informação para a organização criminosa, indicando que o grupo estava se modernizando e utilizando de tecnologia para avançar em suas atividades ilegais.

Ligação com figuras políticas

Durante a apuração, a PF também encontrou referências ao ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Agendas apreendidas indicavam uma vigilância armada e valores alarmantes associados à possível preparação de ações contra políticos, questionando a seriedade da ameaça que esses grupos representavam para a democracia no Brasil.

A PF busca seguir com as investigações para apurar o envolvimento de outros personagens na trama, estendendo as investigações sobre os mandados deferidos e procurando aprofundar a ligação entre o grupo e as altas esferas do poder político.

Impacto e consequências

A operação desencadeada pela PF não só revela o apelo de grupos extremistas no Brasil, mas também exige uma resposta rápida e articulada dos órgãos públicos para garantir a segurança das autoridades e da própria sociedade. A desarticulação desse grupo de pistolagem é um sinal claro de que as forças de segurança brasileira estão atentas às ameaças do crime organizado, mas também ressalta a necessidade de um esforço mais abrangente para combater a violência e a corrupção em suas raízes. A sociedade brasileira deve ser um agente de mudança, exigindo transparência e responsabilidade das instituições de poder.

Assim, a continuidade das investigações se faz necessária para não apenas levar à justiça os envolvidos, mas também para refletir sobre a condução da política e a preservação da ordem pública em um contexto onde a violência paira como uma sombra sobre a democracia.

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