Brasil, 6 de junho de 2025
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Falta de segurança preocupa comerciantes no camelódromo de Presidente Prudente

A insegurança no Shopping Popular de Presidente Prudente afeta os comerciantes e a confiança dos clientes, gerando pedidos por melhorias.

A situação de insegurança no Shopping Popular “Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima”, conhecido como camelódromo, em Presidente Prudente (SP), tem gerado preocupação entre os comerciantes locais. Desde a reabertura do espaço, em julho de 2023, o sentimento de vulnerabilidade aumenta, principalmente à noite, quando a falta de segurança se torna mais evidente. O camelódromo, que abriga 240 boxes, conta atualmente com 111 deles desocupados, refletindo a instabilidade gerada pela insegurança.

A onda de furtos no camelódromo

Dados da Polícia Civil revelam que entre 14 e 18 de março de 2025, houve registros de múltiplos furtos no camelódromo, incluindo a subtração de 11 hidrômetros, duas mangueiras e seis grelhas de ralos. Esses delitos foram acompanhados de danos a diversas estruturas do espaço. Inclusive, alguns boxistas informaram sobre o furto de fios elétricos, o que impactou negativamente as vendas, uma vez que muitos dependem da energia elétrica para trabalhar.

Maria dos Anjos Ferreira de Almeida, boxista e comerciante no local há 28 anos, relatou que a falta de suporte da Prefeitura para segurança é uma preocupação constante. “Pagamos um guarda com recursos próprios, mas é insuficiente para a quantidade de boxes que temos”, declarou. Sua experiência foi marcada por incidentes de furtos de mercadorias e equipamentos, o que gera temor entre os comerciantes.

A insegurança à noite

Sentimentos de vulnerabilidade

Comerciantes como Clóvis Marques de Freitas e Amarildo José de Araújo reforçam a sensação de insegurança vigente. Araújo afirmou, “A segurança é feita por nós, que contratamos pessoas para ajudar, mas mesmo assim, não temos proteção adequada. Deveria ser responsabilidade da Prefeitura, já que é um patrimônio público.” O relato dos boxistas evidencia a insegurança que aumentam durante a noite, quando apenas medidas paliativas, como cadeados, são utilizadas para proteger os locais de trabalho.

Freitas complementa dizendo que nos horários de expediente se sente seguro, mas com a chegada da noite, a presença de pessoas vulneráveis e, possivelmente, mal-intencionadas, aumenta a sensação de temor entre quem trabalha lá. “A Prefeitura deveria ter um sistema de vigilância mais efetivo neste espaço”, solicita.

Políticas de segurança e os direitos dos trabalhadores

O clima de insatisfação é compartilhado também com a Polícia Militar, que por sua vez, informou ter intensificado o policiamento na área central, com especial atenção ao camelódromo. A PM enfatiza a importância de patrulhamento constante e que estão sendo enviadas viaturas em pontos estratégicos para tentar garantir a segurança da população e dos comerciantes. Contudo, para muitos, essas medidas ainda parecem insuficientes.

O advogado Luã Carlos Souza de Oliveira trouxe à tona que a Constituição Federal garante ao trabalhador um ambiente seguro e saudável, sendo responsabilidade do empregador zelar pelas condições adequadas de trabalho. Sugere a denúncia à Polícia e ao Ministério Público, caso as condições de trabalho sejam consideradas inseguras.

Buscando soluções efetivas

Os comerciantes do camelódromo clamam por ações efetivas da Prefeitura para garantir a segurança do espaço. As sugestões incluem a instalação de uma base policial na área e a designação de guardas para vigilância noturna. “Estamos sempre abertos a sugestões e precisamos que a Prefeitura reconheça a urgência deste problema”, disseram alguns boxistas. “Sem segurança, as vendas caem e a confiança do público se esvai.”

A Polícia Militar também aconselha que os comerciantes integrem esforços, criando uma rede de vigilância comunitária e, se possível, instalando câmeras de segurança em seus estabelecimentos. A colaboração entre os boxistas é vista como uma estratégia importante para reduzir os riscos de furtos e vandalismos.

Resposta oficial da Prefeitura

A Prefeitura de Presidente Prudente reconheceu os problemas de segurança e assegura que trabalha em conjunto com a polícia para mitigar os furtos, ressaltando que a responsabilidade pela segurança dos boxes é dos próprios comerciantes. “Trabalhamos constantemente para garantir que as medidas de segurança sejam cumpridas e que os comerciantes e clientes se sintam seguros”, afirmou um porta-voz oficial.

Com a confirmação dos moradores e comerciantes acerca da insegurança, é evidente que soluções práticas precisam ser implementadas para restabelecer a confiança tanto dos trabalhadores quanto dos consumidores que frequentam o camelódromo. Situações que afetam diretamente o cotidiano dessas pessoas e o funcionamento do espaço exigem atenção urgente e ação imediata.

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