Brasil, 6 de junho de 2025
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Cardeal Parolin destaca busca pela paz em Gaza e na Ucrânia

Em evento em Roma, o cardeal ressaltou a importância do cessar-fogo e da ajuda humanitária, expressando tristeza pelas guerras em curso.

Durante um evento que ocorreu em Roma, o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé, fez declarações comoventes sobre a atual crise em Gaza e a guerra na Ucrânia. Ele reafirmou o compromisso da Igreja em promover a paz, mesmo diante das adversidades e da falta de esperança nas negociações em andamento.

A voz da Santa Sé pela paz

O cardeal Parolin expressou a sua “tristeza” e “pesar” em relação ao conflito na Ucrânia, que, segundo ele, parece não ter uma solução clara. Durante o evento promovido pela Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra, Parolin afirmou, “penso que o problema fundamental é recriar um clima de confiança entre as duas partes, que está fundamentalmente ausente. Não há confiança um no outro, e é por isso que não há disponibilidade para fazer concessões”. Essa afirmação demonstra a dificuldade de diálogo entre os envolvidos e a necessidade urgente de um espaço seguro para negociações.

Ademais, o cardeal enfatizou que a construção de relações deve ser feita em pequenos passos, onde encontrar um meio-termo se torna essencial. “Acredito que em todas as negociações há um caminho de compromisso a ser feito, e é o respeito aos compromissos assumidos que ajuda a construir a confiança”, declarou Parolin.

Conflito em Gaza é inaceitável

A situação em Gaza também foi um ponto focal das considerações do cardeal. Ele pediu um cessar-fogo imediato e o retorno dos reféns, além de uma abordagem mais eficiente para garantir acesso à ajuda humanitária. Parolin ressaltou a grande tragédia que a população enfrenta e que a Santa Sé “reza pela paz”, afirmando que os esforços humanos até agora têm sido insuficientes para resolver a crise.

“Nós oferecemos a possibilidade de um espaço. Esta oferta feita pelo Papa no início de seu pontificado permanece, mas não creio que haja esperança de que essa possibilidade seja explorada com as respostas que temos recebido”, comentou o cardeal, refletindo sobre a frustração em relação ao estado atual das negociações.

Esperanças nubladas pelas dificuldades

Quando questionado sobre as negociações que estão ocorrendo em Doha, Parolin expressou esperanças de que “elas tenham algum resultado”. Ele reiterou a necessidade de um cessar-fogo duradouro e de condições que permitam a entrada de ajuda humanitária e assistência médica para aqueles que necessitam. “O problema é sempre o mesmo”, afirmou, enfatizando a urgência de medidas que coloquem em primeiro lugar a vida e a dignidade humana.

Reflexões sobre o passado e o futuro

Parolin também se debruçou sobre a descoberta recente na Síria, onde foi encontrado o corpo de um religioso em um cemitério. Embora alguns especulem que se trate do Padre Paolo Dall’Oglio, o cardeal mencionou que não há confirmação desse fato e que é difícil aceitar que Dall’Oglio esteja vivo após tantos anos desaparecido. Este comentário ilustra não apenas a dor de uma perda, mas também a necessidade de paz e justiça em um mundo repleto de conflitos.

Por fim, ao abordar a audiência do Papa Leão XIV com a Secretaria de Estado, Parolin indicou que esse seria um encontro oficial significativo, mas que a colaboração já havia se iniciado desde o início do pontificado. Ele salientou que o Papa pretende usar todos os instrumentos disponíveis para garantir uma gestão eficaz da Igreja, o que demonstra um comprometimento renovado com a missão da Santa Sé em tempos de crise.

À medida que os conflitos continuam e as esperanças parecem escassas, as palavras de Parolin ecoam como um apelo à compaixão e ao diálogo, com a esperança de que, eventualmente, a paz possa prevalecer.

Você pode continuar acompanhando as atualizações sobre isso nos seguintes links: Vatican News.

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