Brasil, 7 de junho de 2025
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Capacitação e pesquisa buscam acolhimento humanizado para mulheres vítimas de violência

Representantes das secretarias do Piauí se reúnem para discutir capacitação de profissionais e pesquisa sobre vítimas de violência.

Na última quinta-feira (5), em Teresina, representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-PI) e da Secretaria das Mulheres (Sempi) se reuniram para discutir detalhes de uma capacitação voltada para profissionais da segurança pública. O objetivo é garantir um acolhimento mais humanizado às mulheres que são vítimas de violência doméstica. As capacitações começarão a ser realizadas em julho e, durante a reunião, também se discutiu a metodologia para uma pesquisa sobre o perfil das mulheres vítimas de violência no estado do Piauí.

Objetivos da capacitação e pesquisa

A capacitação engloba membros das Forças de Segurança Pública, incluindo a polícia militar, a polícia civil e os bombeiros, com a intenção de que esses profissionais estejam preparados para lidar de forma mais acolhedora e sensível com as diversas realidades enfrentadas pelas mulheres que buscam ajuda após situações de violência.

A secretária Zenaide Lustosa destacou a importância dessa formação: “Estivemos reunidos para alinhar uma capacitação dos profissionais das Forças de Segurança Pública, que vai qualificar esses profissionais para que eles possam fazer um serviço mais acolhedor e humanizado”, afirmou. A capacitação é vista como uma abordagem crucial dentro da rede de apoio às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

Pesquisas para entender a realidade da violência

Além da capacitação, a reunião também tratou do desenvolvimento de uma pesquisa ampla sobre a vitimização das mulheres em Piauí. O delegado João Marcelo ressaltou a relevância do estudo, que visa investigar as subnotificações relacionadas à violência, especialmente dentro da rede de atendimento. “A ideia é investigar as subnotificações, especialmente dentro da rede. Também iremos pesquisar a eficiência do protocolo ‘Ei, mermã, não se cale’”, explicou.

A coronel Elizete Lima, outra participante da reunião, enfatizou que um levantamento dessa natureza nunca havia sido realizado no estado. “Estamos vendo a possibilidade de contratar um instituto de pesquisa para analisar o perfil das vítimas de feminicídio e da violência doméstica que não culmina em morte, para entender por que certas mulheres não vão denunciar, ou seja, a subnotificação”, afirmou.

A importância do acolhimento humanizado

A capacitação proposta é uma iniciativa integral que visa não apenas a formação técnica, mas também a humanização do atendimento. No contexto da violência doméstica, onde o trauma e o medo podem inibir as mulheres de buscar ajuda, é crucial que os profissionais de segurança estejam prontos para oferecer um espaço seguro, empático e acolhedor. Esse tipo de abordagem pode incentivar mais mulheres a denunciarem as agressões e a buscarem apoio.

A articulação entre as secretarias é essencial para que existam estratégias eficazes no combate à violência contra a mulher no Piauí. Com essa nova capacidade de acolhimento, espera-se que mais mulheres se sintam confortáveis rotineiramente em busca de assistência e proteção. A pesquisa planejada, por sua vez, proporcionará dados valiosos que poderão guiar futuras políticas públicas, contribuindo para um enfrentamento mais efetivo dessa questão social complexa.

O compromisso de tornar os serviços públicos mais sensíveis à realidade das mulheres é um passo importante na luta contra a violência de gênero. Com a capacitação e pesquisa, o governo do Piauí demonstra um compromisso em não apenas combater a violência, mas também em promover a dignidade e os direitos das mulheres em sua plenitude.

Essa iniciativa unindo as secretarias de Segurança e das Mulheres pode servir de modelo para outras regiões do Brasil, mostrando que o diálogo e a cooperação são caminhos fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres.

As capacitações estão programadas para iniciar em julho, enquanto a pesquisa será um trabalho contínuo que exigirá tempo e dedicação, mas que poderá resultar em uma mudança significativa na realidade das mulheres no Piauí.

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