A companhia Braskem, maior empresa petroquímica do Brasil, confirmou um investimento de R$ 4,3 bilhões para ampliar seu polo industrial de plástico em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O projeto visa aumentar em 230 mil toneladas por ano a capacidade de produção de polietileno, gerando aproximadamente 7.500 empregos diretos e indiretos. O início das operações está previsto para 2028, após apresentação do planejamento ao governador Cláudio Castro, que visitou as instalações da empresa na região na terça-feira.
Detalhes do projeto de ampliação e inovação
O investimento inclui melhorias no complexo, como a construção de fornos de baixa emissão utilizados na produção de eteno, matéria-prima essencial para o polietileno. A unidade de Caxias atua ainda na fabricação de polipropileno e petroquímicos básicos. Segundo a Braskem, a expansão faz parte de uma estratégia de transformação, que envolve também o aumento do uso de gás natural no processo produtivo.
Parcerias e fontes de matéria-prima
Em fevereiro, a companhia firmou um acordo de fornecimento de longo prazo com a Petrobras para etano, componente utilizado na produção de eteno. Essa parceria visa ampliar a produção de eteno em 220 mil toneladas ao ano, além de volumes de polietileno, com investimentos estimados em R$ 233 milhões.
Contexto econômico e incentivos fiscais
O projeto conta com recursos do Regime Especial da Indústria Química (Reiq), que prevê crédito presumido de 1,5% de PIS/Cofins para investimentos na ampliação da capacidade instalada. O setor petroquímico no Rio de Janeiro é estratégico, representando 88% da produção nacional de petróleo e 79% de gás natural, além de contribuir com mais de 17% da arrecadação federal, o equivalente a cerca de R$ 459 bilhões anuais, segundo dados do governo fluminense.
O cenário do mercado e demandas internas
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior indicam que, no ano passado, as importações de polietileno superaram as exportações em 3,2%. Segundo Karine Fragoso, gerente da Firjan, o investimento atende à demanda crescente do mercado interno e potencializa o desenvolvimento do setor petroquímico brasileiro, que ainda apresenta um baixo consumo per capita comparado à média mundial. “Esse crescimento gera empregos e fortalece a cadeia produtiva local”, afirmou Karine.
Perspectivas futuras para a indústria petroquímica
O momento coincide com negociações de Nelson Tanure, empresário que está em tratativas para a aquisição da participação da controladora da Braskem, a antiga Odebrecht, através da construtora Novonor. A estratégia de expansão da empresa faz parte de uma mudança de paradigma, visando maior competitividade e autonomia na cadeia de produção petroquímica brasileira.
Segundo especialistas, o fortalecimento da indústria petroquímica brasileira é fundamental para diminuir a dependência de importações e ampliar a participação no mercado global. A ampliação de Caxias demonstra um compromisso com o desenvolvimento sustentável, investindo em processos mais limpos e eficientes.
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